Tombini diz que inflação vai voltar para o centro da meta de 4,5% ao final de 2016 — Rádio Senado
Economia

Tombini diz que inflação vai voltar para o centro da meta de 4,5% ao final de 2016

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) que a inflação vai voltar para a meta de 4,5% ao ano no final de 2016. Mas os senadores questionaram o presidente sobre o que chamaram de “cenário cor de rosa” traçado por ele nas últimas vindas ao senado.  Ricardo Ferraço (PMDB – ES) criticou a tese apresentada por Tombini de que a crise é decorrente de um cenário internacional adverso. Ferraço lembrou que o presidente do Bacen, em outras vindas ao Senado, dizia que o Brasil vivia um momento de pleno emprego e de economia forte, quando o governo já sabia que as contas não estavam fechando.

15/09/2015, 13h45 - ATUALIZADO EM 15/09/2015, 14h08
Duração de áudio: 02:09
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DISSE EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS QUE A INFLAÇÃO VAI VOLTAR PARA A META DE QUATRO E MEIO POR CENTO AO ANO NO FINAL DE 2016. LOC: MAS OS SENADORES QUESTIONARAM ALEXANDRE TOMBINI SOBRE O QUE CHAMARAM DE “CENÁRIO COR DE ROSA” TRAÇADO POR ELE NAS ÚLTIMAS VINDAS AO SENADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O presidente do Banco Central deve comparecer regularmente ao Senado para falar sobre a saúde de nossa moeda. Alexandre Tombini explicou como as medidas do ajuste fiscal poderão auxiliar no fortalecimento do Real e na queda da inflação. Afirmou que o controle da inflação, inclusive, é a melhor forma de proteger a população contra os efeitos da crise. Tombini citou o ambiente global desfavorável para a piora das contas públicas, desvalorização do real e aumento de juros. Mas apostou em uma velha fórmula para recuperar a credibilidade da moeda. (TOMBINI) Para enfrentar esse ambiente o Brasil tem seguido a receita padrão ao reforçar o arcabouço de política econômica no sentido de consolidar fundamentos macroeconômicos sólidos. O tripé formado pelo câmbio flutuante, disciplina fiscal e sistema de metas para a inflação já se mostrou eficaz inclusive em outros momentos mais críticos. (REPÓRTER) Senadores como Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, no entanto, rejeitaram a tese de que a crise é decorrente de um cenário internacional adverso. Ele reclamou que Tombini, em audiências no Senado no ano passado, sempre traçou um panorama cor de rosa. Ferraço lembrou que o presidente do Bacen dizia que o Brasil vivia um momento de pleno emprego e de economia forte, quando o governo já sabia que as contas não estavam fechando. (FERRAÇO) O Governo alega a todo momento que nossos problemas são fruto da crise internacional. Se passarmos um olhar em nossos vizinhos da América do Sul, países como o nosso, dependente de commodities, vamos ver que países como México, Chile, Colômbia e Peru crescem mais que o Brasil com inflação menor e taxas de juros controladas. (REPÓRTER) O diretor de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes, também participou da audiência pública. Ele falou da investigação que o Banco Central e o Cade abriram sobre práticas não competitivas no mercado de câmbio no exterior. A suspeita, que já está sendo investigada nos Estados Unidos e Europa, é de que grandes instituições financeiras atuavam em conjunto para manipular as cotações internacionais das moedas. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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