Senado aprova MP que aumenta imposto para setor financeiro — Rádio Senado
Plenário

Senado aprova MP que aumenta imposto para setor financeiro

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (16) a Medida Provisória que aumenta imposto para o setor financeiro. Desde maio, os bancos, as seguradoras, as administradoras de cartões de crédito e as corretoras de câmbio estão pagando uma alíquota de 20% sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Antes, a taxação era de 15%. Essa proposta da equipe econômica garantirá uma arrecadação neste ano de R$ 747 milhões e em 2016, de R$ 3,8 bilhões. A medida provisória prevê, no entanto, que as cooperativas de crédito devam recolher 17%, e não mais 15% de CSLL.

Ao justificar o voto contrário, o vice-líder do PSDB, senador Paulo Bauer, de Santa Catarina, alertou que os bancos vão repassar o prejuízo para os clientes. A relatora da MP, senadora Gleisi Hoffmann (PT – PR) defendeu uma alíquota de 23%, mas prevaleceu a de 20%. Para Gleisi, os consumidores não pagarão pelo aumento. Segundo a senadora, somente no segundo trimestre deste ano, o Bradesco teve um lucro de R$ 4,2 bilhões.

15/09/2015, 19h46 - ATUALIZADO EM 16/09/2015, 11h57
Duração de áudio: 01:55
Ana Volpe/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A MEDIDA PROVISÓRIA QUE AUMENTA IMPOSTO PARA O SETOR FINANCEIRO. LOC: A OPOSIÇÃO ALERTA QUE OS CLIENTES BANCÁRIOS PODERÃO PAGAR PELA ARRECADAÇÃO EXTRA DE QUATRO BILHÕES NO ANO QUE VEM. AS INFORMAÇÕES SÃO DA REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Desde maio, os bancos, as seguradoras, as administradoras de cartões de crédito e as corretoras de câmbio estão pagando uma alíquota de 20% sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Antes, a taxação era de 15%. Essa proposta da equipe econômica garantirá uma arrecadação neste ano de R$ 747 milhões e em 2016, de R$ 3,8 bilhões. A medida provisória prevê, no entanto, que as cooperativas de crédito vão recolher 17%, e não mais 15% de CSLL. Ao justificar o voto contrário, o vice-líder do PSDB, senador Paulo Bauer, de Santa Catarina, alertou que os bancos vão repassar o prejuízo para os clientes. (Paulo Bauer) Quem compra à prazo, quem precisa de financiamento bancário, quem estoura o cheque especial, quem compra com o cartão de crédito à prestação sabe o quanto custa isso. E aumentar a CSLL não é tirar lucro do banco é aumentar a conta do cliente do banco. (Repórter) A relatora da medida provisória, senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, queria uma alíquota de 23%, mas prevaleceu a de 20%. Ela negou que os consumidores pagarão pelo aumento ao citar que, somente no segundo trimestre deste ano, o Bradesco teve um lucro de R$ 4,2 bilhões. (Gleisi Hoffmann) Esperamos que não. Não há justificativa para repassar. Temos juros bastante elevados cobrados pelo setor financeiro. Os juros do cartão de crédito são mais de 300%. isso fica concretizado e vai ser importante sim para o nosso reajuste. (Repórter) Segundo a medida provisória, que agora segue para a sanção presidencial, o aumento da CSLL para o setor financeiro valerá até dezembro de 2018. A partir do ano seguinte, a alíquota volta para 15%.

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