CPI do Carf vai ouvir ex-secretária de escritório de advocacia investigado pela Operação Zelotes
A CPI do Carf ouve esta semana a ex-secretária e o ex-encarregado da JR Silva Advogados Associados, uma das empresas investigadas pela Operação Zelotes. Em depoimento na CPI, o ex-funcionário, Hugo Borges, disse que chegou a sacar mais de 5 milhões de reais da conta da empresa. Apesar dos valores serem levados para o escritório, Hugo afirmou que o dinheiro sumia rapidamente. O ex-funcionário declarou que vários envelopes com dinheiro eram entregues pela então secretária Gegliane Bessa Pinto. A intenção do presidente Ataídes Oliveira (PSDB – TO) é fazer uma acareação entre os dois para apurar como a distribuição de dinheiro era feita e quem recebia os envelopes.
Transcrição
LOC: A CPI DO CARF OUVE ESTA SEMANA A EX-SECRETÁRIA E O EX-ENCARREGADO DA J-R SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS, UMA DAS EMPRESAS INVESTIGADAS PELA OPERAÇÃO ZELOTES.
LOC: EM DEPOIMENTO NA CPI, O EX-FUNCIONÁRIO, HUGO BORGES, DISSE QUE CHEGOU A SACAR MAIS DE 5 MILHÕES DE REAIS DA CONTA DA EMPRESA. MAIS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: A comissão vai ouvir nesta quarta-feira a ex-secretária da JR Silva Advogados e Associados, Gegliane Maria Bessa Pinto. De acordo com investigações da Operação Zelotes, a empresa é uma das principais investigadas no esquema de corrupção no Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A comissão também vai ouvir novamente o ex-encarregado do escritório, Hugo Rodrigues Borges. Em depoimento na CPI, Hugo Borges relatou aos senadores que sacava semanalmente altos valores da conta do escritório. Em uma semana, chegou a sacar 1 milhão e 200 mil reais. Apesar dos valores serem levados para o escritório, Hugo afirmou que o dinheiro sumia rapidamente. O ex-funcionário declarou que vários envelopes com dinheiro eram entregues pela então secretária Gegliane Bessa Pinto. A intenção do presidente Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins é fazer uma acareação entre os dois para apurar como a distribuição de dinheiro era feita e quem recebia os envelopes.
(ATAÍDES) Esse senhor então Hugo é que ia aos bancos buscar dinheiro, e que esse dinheiro chegava e era entregue a uma outra funcionária do escritório, de nome de Gegliane que já esteve conosco com habeas corpus e não disse nada. Então nós vamos fazer uma acareação pra colocar os dois frente a frente. Aí eu acho que nós vamos ter resultado ainda melhor.
(Paula) Na mesma reunião, os senadores vão ouvir a ex-conselheira do Carf, Meigan Sack, suspeita de fazer parte do esquema de corrupção para anular ou reduzir multas aplicadas a empresas pela Receita Federal. Ele é dona de um escritório de advocacia junto com o pai, Edison Pereira Rodrigues, ex-presidente do órgão e apontado pela Polícia Federal como um dos mentores do esquema. Da Rádio Senado, Paula Groba.
