CRA e CMA promovem debate sobre florestas plantadas
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LOC: AS COMISSÕES DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA E DE MEIO AMBIENTE PROMOVERAM HOJE UM DEBATE SOBRE AS FLORESTAS PLANTADAS.
LOC: REPRESENTANTES DE EMPRESAS QUE EXPLORAM A MADEIRA DESSAS FLORESTAS AFIRMARAM QUE A ATIVIDADE, QUE JÁ É A QUINTA MAIOR INDÚSTRIA DO PAÍS, TEM TUDO PARA CRESCER NOS PRÓXIMOS ANOS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: As florestas plantadas servem à indústria do papel e celulose e indústria moveleira, entre outras, e também colaboram para recuperar áreas degradadas e manter a fertilidade dos solos. Luiz Calvo Ramires Junior, que é da Associação Sul-matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas e preside câmara setorial da atividade no Ministério da Agricultura, disse que a área plantada pode passar de 9 para 15 milhões de hectares nos próximos anos. Ele defendeu também a qualidade da produção nacional.
(RAMIRES): O Brasil tem hoje e maior e melhor tecnologia de produção na silvicultura, de floresta pelo menos de eucalipto do mundo. Hoje a gente consegue produzir pelo menos de 4 a 5 vezes mais do que o seu país de origem, que é a Austrália, o eucalipto, por exemplo.
(REP): Elizabeth de Carvalhaes, Presidente-Executiva da Indústria Brasileira de Árvores, destacou que a atividade já é a quinta maior indústria brasileira, atrás apenas da mineração, siderurgia, das carnes embutidas e do etanol.
(ELIZABETH): 4,4 milhões e meio de brasileiros vivem em torno dessas florestas em empregos diretos e indiretos, e em efeito renda passamos por 600 comunidades e 18 estados da Federação. Representamos quase 6% do PIB industrial, somos o primeiro produtor do mundo de celulose de eucalipto, o nono produtor de papel e o décimo produtor de painéis de madeira.
(REP): O senador Waldermir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, ressaltou que, além do lado econômico, a atividade possui um forte componente ambiental – como a absorção do gás carbônico, um dos responsáveis pelo chamado efeito estufa.
(MOKA): A captura desse CO2 feito por esses 9 milhões de floresta seriam responsáveis por neutralizar 2 anos de toda a poluição da indústria paulista.
(REP): O coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento Sustentável da Floresta Brasileira e Silvicultura, deputado Newton Cardoso Júnior, do PMDB de Minas Gerais, também participou da audiência pública.