Embaixador do Brasil defende acordo comercial entre Mercosul e UE — Rádio Senado
Mercosul

Embaixador do Brasil defende acordo comercial entre Mercosul e UE

13/08/2015, 18h40 - ATUALIZADO EM 13/08/2015, 18h40
Duração de áudio: 02:01
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Transcrição
LOC: EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO PARLAMENTO DO MERCOSUL, EMBAIXADOR REGIS ARSLANIAN DEFENDE A NEGOCIAÇÃO DO ACORDO COMERCIAL ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA. LOC: PORÉM PARA ISSO O BRASIL PRECISA DE UM NOVO MODELO DE NEGOCIAÇÃO. JÁ O SENADOR ROBERTO REQUIÃO, NÃO VÊ VANTAGENS ECONÔMICAS PARA O BRASIL COM O ACORDO. REPÓRTER CINTHIA BISPO (Repórter) Em 2010, a União Europeia e o Mercosul retomaram as negociações para fecharem um acordo comercial que estava suspenso há seis anos. Porém, não há consenso entre os blocos quanto aos setores agrícola e automobilístico. Durante o debate na Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul sobre as dificuldades do acordo comercial, o embaixador Regis Arslanian, defendeu que o Brasil e o Mercosul atualizem seus modelos de negociação. Ele ressaltou que o acordo é fundamental para a economia brasileira, mas sem colocar a agricultura como pré-condição de uma negociação comercial. (Regis Arslanian) O modelo negociador brasileiro tem que ser atualizado. O modelo negociador de dizer que nós só vamos negociar se a peça central da negociação for à agricultura, isso era bom há quinze anos. Os tempos mudaram, a nossa economia mudou. Hoje em dia o nosso maior problema é na indústria, nosso maior problema de competitividade e aí que o acordo de comércio ajuda está na indústria, e não na agricultura. (Repórter) Já o presidente da representação brasileira no Parlasul, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, ressaltou que os europeus querem um acordo apenas de venda, o que não seria lucrativo para o Brasil. (Roberto Requião) Impossível é a abertura absoluta do nosso comércio para produtos industrializados europeus, quando nem grãos eles querem comprar, em função de a sua própria segurança alimentar. Nós estamos em um impasse, mas que jamais seriam vantagens brasileiras. É muito difícil esse acordo ser feito, é muito difícil porque ele não convém a Europa, e não convém fundamentalmente para eles comprarem no que nós temos a maior vantagem competitiva nesse momento, que são produtos agrícolas. (Repórter) Após uma tentativa fracassada de acordo entre os dois blocos em junho deste ano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que até dezembro os membros dos blocos devem se reunir para criar uma lista de quais produtos terão as tarifas zeradas.

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