Renan diz que Polícia Legislativa deve acompanhar buscas e apreensões em dependências do Senado
Transcrição
LOC: RENAN CALHEIROS DIZ QUE BUSCAS E APREENSÕES NAS DEPENDÊNCIAS DO SENADO DEVERÃO SER ACOMPANHADAS PELA POLÍCIA LEGISLATIVA.
LOC: A AFIRMAÇÃO FOI FEITA APÓS OPERAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL NA CASA DE PARLAMENTARES NESTA TERÇA-FEIRA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA.
TÉC: O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, questionou a condução da Operação Politeia, realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Foram cumpridos 14 dos 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal com apreensão nas casas, escritórios e empresas de investigados na operação Lava Jato. Entre eles, estão os senadores Fernando Collor, do PTB de Alagoas; Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco; e Ciro Nogueira, do PP do Piauí; além do deputado federal Eduardo da Fonte, do PP de Pernambuco, e do ex-ministro Mário Negromonte. Para Renan Calheiros, é preciso assegurar o respeito ao processo legal para que as defesas sejam exercidas em sua plenitude.
(Renan) Causa perplexidade alguns métodos que beiram a intimidação. A busca e apreensão nas dependências do Senado Federal deverá ser acompanhada da Polícia Legislativa. Disso não abriremos mão. Buscas e apreensões sem a exibição da ordem judicial, e sem os limites das autoridades, que a estão cumprindo, são invasão.
(REPÓRTER) Segundo a Polícia Legislativa, não foi apresentado mandado para a ação no apartamento funcional do senador Collor. O senador do PTB de Alagoas afirmou que como os fatos investigados têm mais de dois anos, a justificativa da operação de evitar a destruição de provas é falha. Collor classificou o ato como uma operação espetaculosa e midiática.
(Collor) Repudio com veemência a aparatosa operação policial realizada hoje em minha residência e no apartamento funcional do Senado da República. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária. A investigação já é conhecida desde o final do ano passado. E eu jamais fui sequer chamado a prestar esclarecimentos.
(REPÓRTER) As buscas foram solicitadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em nota, ele afirmou que as medidas foram necessárias para garantir a apreensão de bens “adquiridos com possível prática criminosa” e resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas.