Ministro do Planejamento e advogado-geral da União defendem contabilidade do governo
Transcrição
LOC: O MINISTRO DO PLANEJAMENTO, NELSON BARBOSA, E O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, LUÍS INÁCIO ADAMS, DEFENDERAM A CONTABILIDADE DO GOVERNO FEDERAL RELATIVA ÀS CONTAS PÚBLICAS DE 2014, ALEGANDO QUE SÃO PROCEDIMENTOS JÁ FEITOS ANTES.
LOC: ELES PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS E REJEITARAM O TERMO “PEDALADAS FISCAIS” USADO PARA DESCREVER A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO ANO PASSADO. REPÓRTER NARA FERREIRA:
(0714D01 NARA/ ADAMS/ NELSON/ TASSO/ GRAZZIOTIN – 2:20) O problema nas contabilidade do governo de 2014 foi detectado pelo Tribunal de Contas da União. Entre os itens contestados pelo TCU, por exemplo, os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional para o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES, que obrigaram esses bancos públicos a usarem recursos próprios para honrar despesas que seriam da União - o que é vedado por lei. O advogado geral da União, Luis Inácio Adams, disse rejeitar o termo “pedaladas” e destacou que esse tipo de repasse para pagamento de benefícios sociais tem sido feito há anos. Para Luis Adams, foi o Tribunal de Contas da União que, ao examinar as contas, adotou um novo entendimento. (ADAMS) Temos dito ao TCU que não temos no âmbito do governo nenhuma dificuldade em relação a mudanças de jurisprudência que aperfeiçoe o sistema de contas, o sistema fiscal,agora temos que tratar isso com a racionalidade e ponderação que o tema exige (REP) O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, destacou que algumas adaptações nas contas atendiam ao interesse público e foram adotadas no passado. Sobre a extrapolação de investimentos das estatais, o ministro afirmou que não se trata de irregularidade
(MINISTRO) se até hoje essas extrapolações não tinham sido motivo de questionamento sobre as contas da presidente porque quando você tem uma extrapolação de apenas 0,2 que é o segundo valor mais baixo da série agora é motivo de questionamento. Estão essa é nossa resposta ao Tribunal.
(REPÓRTER) O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, lembrou que segundo o TCU o saldo da conta de suprimentos da Caixa Econômica Federal para pagar o Bolsa Família ficou negativo durante nove meses em 2014, o que deixa de ser uma situação eventual
(TASSO) Quer dizer que se alguém fez o ilícito e ninguém pegou significa que esse ilícito passa a ser aceito pela sociedade.
(REPÓRTER) Já a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, tachou de políticas as acusações de irregularidades:
(GRAZZIOTIN) O que estamos assistindo é uma tentativa de transformar uma questão técnica em questão política.
(REPÓRTER) O ministro Nelson Barbosa informou que as respostas aos questionamentos serão apresentados ao TCU na semana que vem. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.