BNDES pode ser proibido de financiar empreendimentos fora do Brasil — Rádio Senado

BNDES pode ser proibido de financiar empreendimentos fora do Brasil

LOC: O BNDES PODERÁ SER PROIBIDO DE FINANCIAR EMPREENDIMENTOS FORA DO BRASIL. 

LOC: É O QUE DETERMINA O PROJETO DE LEI APRESENTADO PELO SENADOR REGUFFE, DO PDT DO DISTRITO FEDERAL. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: 

TÉC: O senador Reguffe, do PDT do Distrito Federal disse não concordar com o financiamento de projetos no exterior, quando o Brasil ainda tem problemas a resolver, especialmente na saúde, educação e segurança. O senador informou que, apenas em 2013 e 2014, os países Angola e Venezuela receberam, cada um, três bilhões de reais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Também foram beneficiados com recursos do banco a Bolívia, Cuba, Benim e Gana. 

(REGUFFE) O dinheiro do contribuinte brasileiro tem que ser gasto no Brasil e não ser gasto em projetos no exterior. Será que nós não temos problemas no Brasil para serem consertados? Será que a saúde pública no Brasil está indo bem? Que a educação pública está indo bem? 

(REPÓRTER) Também na avaliação do senador Reguffe, os recursos públicos deveriam ser aplicados com prioridade nas áreas mais necessárias e destinados menos ao BNDES. Além disso, Reguffe defendeu o incentivo às pequenas empresas em vez de concentrar o financiamento em grandes empreendimentos. 

(REGUFFE) Deveria ter mais recursos para a educação e para a saúde e menos para o BNDES. Agora, os recursos para o BNDES também precisam ter sua destinação diferente da que vem sendo dada. Porque o BNDES dá, por exemplo dez bilhões de reais para uma única empresa, para um único projeto, quando poderia, com os mesmos dez bilhões de reais, financiar cem mil pequenos empreendimentos de cem mil reais. 

(REPÓRTER) A proposta aguarda a designação do relator na Comissão de Assuntos Econômicos. Depois de aprovado na CAE, o projeto será examinado na Comissão de Constituição e Justiça. E para virar lei, ainda será analisado pela Câmara dos Deputados e depois enviado à sanção presidencial.
06/07/2015, 06h35 - ATUALIZADO EM 06/07/2015, 06h35
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