CPI do Carf aprova condução coercitiva de três depoentes — Rádio Senado

CPI do Carf aprova condução coercitiva de três depoentes

LOC: A CPI DO CARF APROVOU A CONDUÇÃO COERCITIVA PELA POLÍCIA FEDERAL DE TRÊS DEPOENTES QUE DEVERIAM TER PRESTADO ESCLARECIMENTOS NESTA QUINTA-FEIRA. 

LOC: OS SENADORES APROVARAM AINDA O PLANO DE TRABALHO, QUE VAI PROCURAR IDENTIFICAR OS RESPONSÁVEIS PELA SONEGAÇÃO E MUDAR AS LEIS PARA EVITAR NOVOS DESVIOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(Repórter) O advogado Leonardo Manzan, o assessor contábil Nelson Mallmann e o conselheiro do Carf Paulo Roberto Cortez eram esperados para depor na CPI que investiga o escândalo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Diante da ausência dos depoentes, os senadores decidiram pela condução coercitiva, ou seja, que eles sejam levados à CPI pela Polícia Federal no dia 18. O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, lembrou que os acusados podem até sair do País para evitar comparecer à comissão. 

(Otto Alencar) Todos os três foram citados pela Polícia Federal, inclusive um deles foi encontrado em sua residência 800 mil reais, comprovada propina de 300 mil reais, que é o senhor Leonardo Manzan. O senhor Paulo Cortez também tem provas contundentes contra ele, como também o senhor Nelson Mallmann. Então, todos os três bandidos, todos os três corruptos, de maneira que o tratamento para essas pessoas deve ser que a Polícia Federal possa trazê-los coercitivamente. 

(Repórter) A CPI aprovou ainda o plano de trabalho da relatora, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas. Ela sugere como estratégia inverter a ordem tradicional de investigação e começar pelas empresas que se beneficiaram do esquema de manipulação de julgamentos de recursos de multas fiscais, que causou prejuízo estimado de 19 bilhões de reais aos cofres públicos. 

(Vanessa Grazziotin) São suspeitas de pagarem propina para conselheiros do Carf grandes corporações. Empresas como Ford, Santander, HSBC, entre outras multinacionais,. Consideramos ser mais justo, produtivo e eficiente começar a investigação por essas empresas. Se desarticularmos o modelo de sonegação, certamente chegaremos à ponta da cadeia, aos agentes públicos corruptos. 

(Repórter) A CPI aprovou cinco pedidos de informação apresentados por seu presidente, Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins. Mas rejeitou outros dois requerimentos, também de autoria dele, de convocação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Os senadores consideram que não há fatos que justifiquem as convocações, nessa etapa da investigação.
11/06/2015, 01h48 - ATUALIZADO EM 11/06/2015, 01h48
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