Jogos de futebol com portões fechados como punição podem estar com os dias contados
LOC: JOGOS DE FUTEBOL COM PORTÕES FECHADOS COMO PUNIÇÃO POR EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA NA TORCIDA PODEM ESTAR COM OS DIAS CONTADOS.
LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA UM PROJETO QUE LIBERA OS TORCEDORES QUE NÃO ESTIVEREM ENVOLVIDOS NAS BRIGAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: Episódios de violência como brigas, manifestações de racismo ou outra má conduta das torcidas dentro ou próximo ao estádio de futebol são frequentemente punidas com a proibição do acesso do público às futuras partidas. Esse tipo de punição tem sido questionado na Justiça, como no caso da pena imposta ao Corinthians em 2013 pela Conmebol, a Confederação SulAmericana de Futebol, depois de um torcedor de 14 anos morrer ao ser atingido por um sinalizador, na cidade de Oruro, na Bolívia. O caso ficou emblemático porque seis torcedores conseguiram liminar na Justiça para assistir aos jogos mesmo com portões fechados, e acabaram sendo alvo de ameaças por parte da torcida, que temia mais punições ao clube. Um projeto de lei acaba com essas situações liberando os torcedores para assistir aos jogos. A entrada seria aberta, no entanto, apenas para aqueles que não estiverem envolvidos no evento que levou à condenação do time. Para o autor, o deputado Marcelo Matos, do PDT do Rio de Janeiro, a proibição do acesso dos torcedores é inconstitucional porque impõe uma pena a outras pessoas além dos culpados. O relator, senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, acredita que essa penalidade não desestimula a violência e chega ao extremo de punir até a torcida dos times adversários.
(Alvaro Dias) Pretende a lei desta forma punir quem? A punição deve alcançar exatamente os responsáveis pela violência e não as vítimas dessa violência. O clube é vítima, já que perde receita. Os torcedores que comparecem para assistir o espetáculo e não promover violência também são vítimas. E a torcida adversária, que se vê também proibida de assistir o time do seu coração atuar em função dessa forma de punição que se estabeleceu?
(Repórter) Alvaro Dias lembra que hoje os estádios são monitorados por imagens, isso além das inúmeras câmeras das emissoras de televisão presentes durante os jogos. Portanto, é possível identificar os reais culpados por atos de violência. Para esses, o senador defende punição exemplar. O projeto vai ser analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça.
LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA UM PROJETO QUE LIBERA OS TORCEDORES QUE NÃO ESTIVEREM ENVOLVIDOS NAS BRIGAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: Episódios de violência como brigas, manifestações de racismo ou outra má conduta das torcidas dentro ou próximo ao estádio de futebol são frequentemente punidas com a proibição do acesso do público às futuras partidas. Esse tipo de punição tem sido questionado na Justiça, como no caso da pena imposta ao Corinthians em 2013 pela Conmebol, a Confederação SulAmericana de Futebol, depois de um torcedor de 14 anos morrer ao ser atingido por um sinalizador, na cidade de Oruro, na Bolívia. O caso ficou emblemático porque seis torcedores conseguiram liminar na Justiça para assistir aos jogos mesmo com portões fechados, e acabaram sendo alvo de ameaças por parte da torcida, que temia mais punições ao clube. Um projeto de lei acaba com essas situações liberando os torcedores para assistir aos jogos. A entrada seria aberta, no entanto, apenas para aqueles que não estiverem envolvidos no evento que levou à condenação do time. Para o autor, o deputado Marcelo Matos, do PDT do Rio de Janeiro, a proibição do acesso dos torcedores é inconstitucional porque impõe uma pena a outras pessoas além dos culpados. O relator, senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, acredita que essa penalidade não desestimula a violência e chega ao extremo de punir até a torcida dos times adversários.
(Alvaro Dias) Pretende a lei desta forma punir quem? A punição deve alcançar exatamente os responsáveis pela violência e não as vítimas dessa violência. O clube é vítima, já que perde receita. Os torcedores que comparecem para assistir o espetáculo e não promover violência também são vítimas. E a torcida adversária, que se vê também proibida de assistir o time do seu coração atuar em função dessa forma de punição que se estabeleceu?
(Repórter) Alvaro Dias lembra que hoje os estádios são monitorados por imagens, isso além das inúmeras câmeras das emissoras de televisão presentes durante os jogos. Portanto, é possível identificar os reais culpados por atos de violência. Para esses, o senador defende punição exemplar. O projeto vai ser analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça.
