Votação da MP que altera direitos trabalhistas fica para próxima terça-feira — Rádio Senado

Votação da MP que altera direitos trabalhistas fica para próxima terça-feira

LOC: FICOU PARA A PRÓXIMA TERÇA-FEIRA A VOTAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA QUE CRIA NOVAS REGRAS PARA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, ABONO SALARIAL E SEGURO DEFESO. 

LOC: A DECISÃO FOI TOMADA EM ACORDO DE LIDERANÇAS PARA QUE FOSSE POSSÍVEL APROFUNDAR A DISCUSSÃO DA MATÉRIA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) Os senadores ainda não chegaram a um consenso sobre a emepê 665. De acordo com a medida, o trabalhador terá de comprovar 12 meses de trabalho em 18 meses para pedir o seguro desemprego pela primeira vez. E, na segunda, terá de ter trabalhado nove em 12 meses. Hoje, essa exigência é de seis meses para ter direito ao benefício pela primeira vez. O relator da matéria, senador Paulo Rocha, do PT do Pará, disse que foram feitas negociações com o governo para que não fossem retirados direitos trabalhistas: 

(Paulo Rocha) “Eu fui capaz, nesta negociação, assegurar o direito dos trabalhadores. Embora nós concebamos que a economia precisa passar por um ajuste, mas não podia ser sobre os direitos e interesses dos trabalhadores. Assegurei portanto isso: não tem nenhuma perda no direitos dos trabalhadores, apenas correções”.  

(Repórter) Essa também é a opinião do líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco. Para ele, a medida apenas corrige distorções na concessão do benefício. 

(Humberto Costa) “Estamos, hoje, complementando uma etapa difícil, porém, necessária, para que o Brasil continue no seu roteiro de avanços, de crescimento econômico, de geração de mais empregos, de renda, enfim, no rumo de continuar a ser um país preocupado com a inclusão social e a distribuição do fruto do trabalho”. 

(Repórter) Mas na avaliação do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, os ajustes retiram direitos conquistados historicamente pelos trabalhadores. Ele disse que votará pela rejeição da emepê para sinalizar ao governo que o trabalhador não deve responder pelas dificuldades econômicas do país. 

(Aloysio Nunes Ferreira) “Dizer ao governo da presidente Dilma que se é preciso consertar a economia, a economia que ela estragou, não se pode fazê-lo ao preço de aumentar a recessão, de aumentar as dificuldades do povo trabalhador, se que se apresente nenhuma perspectiva de futuro”. A sessão foi acompanhada por representantes de centrais sindicais. Depois de aprovada, a matéria segue para sanção presidencial.
20/05/2015, 10h03 - ATUALIZADO EM 20/05/2015, 10h03
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