Collor pede impeachment do PGR, Rodrigo Janot — Rádio Senado

Collor pede impeachment do PGR, Rodrigo Janot

LOC: O SENADOR FERNANDO COLLOR DE MELLO PEDIU O IMPEACHMENT DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RODRIGO JANOT. 

LOC: COLLOR ALEGA “ABUSO DE PODER” E SELEÇÃO SUBJETIVA DE NOMES DA LISTA DA OPERAÇÃO LAVA-JATO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. 

(Repórter) O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, protocolou quatro representações de crimes de responsabilidade contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na primeira delas, o senador alega que Janot teria selecionado de forma subjetiva quais os investigados da operação Lava-Jato responderiam à ação penal. Segundo ele, o PGR teria “permanecido inerte” em relação a outros suspeitos. Em outra representação, o senador acusa Janot de abuso de poder. Ele critica a diligência feita ao gabinete do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, que assim como Collor também foi incluído na lista de investigados. Para Collor, a ação da Polícia Federal dentro do Congresso Nacional viola a separação dos poderes. O senador ainda recrimina a postura de Janot ao afirmar que ele se “autopromove” e usa o cargo para a sua satisfação pessoal, tirando fotos com manifestantes e expondo suas medidas de segurança pessoal. Por último, o procurador-geral da República é acusado de desperdício de dinheiro público, com viagens e diárias excessivas de membros do Ministério Público. Em março, Collor já havia criticado a atuação de Janot. 

(Fernando Collor) “O Sr. Janot continua chantageando e sendo chantageado; continua promovendo mais e mais privilégios para a sua categoria; continua desviando condutas, descumprindo leis, normas, súmulas e ritos. Esse grupelho, essa parte disfuncional da Procuradoria-Geral da República é que, por excelência, desnatura o seu trabalho e desqualifica seus membros.” 

(Repórter) Collor solicitou que seja montada uma comissão especial para analisar a admissibilidade das denúncias. Se acolhidas, elas podem resultar em processo de impeachment. O parecer final caberia ao plenário, que precisaria aprovar a destituição do cargo com dois terços dos votos.
13/05/2015, 07h42 - ATUALIZADO EM 13/05/2015, 07h42
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