Procuradoria da Mulher debate violência obstétrica — Rádio Senado

Procuradoria da Mulher debate violência obstétrica

LOC: PARA CADA MULHER QUE MORRE DURANTE O PARTO NO BRASIL, ENTRE 15 E 20 SÃO VÍTIMAS DE SITUAÇÕES QUE QUASE LEVAM A ÓBITO. 

LOC: A VIOLÊNCIA NA ATENÇÃO OBSTÉTRICA FOI O TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, QUE DISCUTIU FORMAS DE HUMANIZAR O ATENDIMENTO ÀS GESTANTES. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO.  

TÉC: Muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto nas instituições de saúde no mundo inteiro. Essa realidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e coloca em risco a vida da mãe e da criança. No Brasil, um dos problemas apontados pelos participantes da Audiência organizada pela Procuradoria da Mulher no Senado, é a banalização das cesarianas, nas quais o país é campeão mundial. Isso dificulta a redução mais rápida da mortalidade materno-infantil. Esther Vilela, Coordenadora de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, explicou que a morte materna tem caído no Brasil. Mas citou os fatores que ainda causam esses óbitos e que não estão ligados necessariamente a alguma doença específica. 

(Esther) Porque ela peregrinou, porque ela foi negligenciada, porque houve demora no seu atendimento, porque houve más práticas de atenção ao parto e nascimento. 

(REPÓRTER) Segundo Daphne Hattner, da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, o acesso ao exame pré-natal pelo Sistema Único de Saúde está praticamente resolvido no país. O problema agora é humanizar a assistência. 

(Daphne) A humanização da atenção à gestação e ao parto é a única saída para a gente reduzir a violência. Ela é o contraponto. É a resposta possível.  

(REPÓRTER) Segundo os participantes, um dos principais desafios para enfrentar o problema no Brasil é ajudar estados e municípios a executarem as metas fixadas pelo Ministério da Saúde.
07/05/2015, 01h19 - ATUALIZADO EM 07/05/2015, 01h19
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