Diretora da ANS defende clareza e regras para utilização de próteses — Rádio Senado

Diretora da ANS defende clareza e regras para utilização de próteses

LOC: A UTILIZAÇÃO DE PRÓTESES E ÓRTESES DEVE SEGUIR CRITÉRIOS MÉDICOS E REGRAS BEM DEFINIDAS PELAS AUTORIDADES DE SAÚDE PARA EVITAR FRAUDES NESTE MERCADO. 

LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA NESTA QUINTA-FEIRA NA CPI DAS PRÓTESES PELA DIRETORA DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR, MARTHA DE OLIVEIRA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.

TÉC: A diretora-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Martha de Oliveira, defendeu que os procedimentos médicos de colocação de órteses, próteses e materiais especiais devem seguir critérios e regras bem definidas pelas autoridades de saúde para evitar fraudes. Segundo ela, a agência que fiscaliza e cuida da regulação dos planos de saúde já estabeleceu pelo menos 90 diretrizes para orientar a utilização destes materiais em cirurgias. A ANS também criou uma tabela padronizada com cerca de 80 mil termos para tentar definir de forma clara o que são próteses e órteses. No entanto, Martha de Oliveira explicou que as normas são frágeis e há distorções nos preços cobrados.  

(Martha) “A gente consegue ver a variação dos preços dos materiais de acordo com a região. Então, o marcapasso cdi, por exemplo, o preço mínimo dele é 29 mil reais em alguns lugares e chegando a 90 mil em outros. O stent coronariano é a mesma coisa. Ele começa com preço de 40 mil em alguns lugares, em outros lugares ele chega a 22 mil. Tem uma variação.  

(Repórter) A ANS trabalha em conjunto com a Anvisa e o Ministério da Saúde em um grupo de trabalho criado pelo governo para estabelecer protocolos e normas mais rígidas na utilização de próteses. O presidente da CPI, senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, afirmou que a colaboração das autoridades é fundamental e para combater a máfia das próteses e disse que a Comissão deve propor uma legislação para proteger os pacientes.  

(Magno Malta) “Criar uma legislação para que possamos dar segurança à sociedade brasileira do ponto de vista dos nossos códigos, criminalizando alguns comportamentos, tipificando crimes que mutilam a sociedade brasileira”. 

(Repórter) A CPI das Próteses volta a se reunir nos dias 5 e 6 de maio, no Rio Grande do Sul, onde as primeiras denúncias foram feitas, para ouvir vítimas da chamada máfia das próteses.
30/04/2015, 03h03 - ATUALIZADO EM 30/04/2015, 03h03
Duração de áudio: 02:15
Ao vivo
00:0000:00