Senadores lamentam decisão de Dilma por não vetar aumento do fundo partidário — Rádio Senado

Senadores lamentam decisão de Dilma por não vetar aumento do fundo partidário

LOC: SENADORES LAMENTAM A DECISÃO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DE NÃO VETAR O AUMENTO DE RECURSOS PARA O FUNDO PARTIDÁRIO. 

LOC: O ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO DESTE ANO FOI SANCIONADO COM APENAS DOIS VETOS TÉCNICOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: O primeiro trata de regra para os repasses da Lei Kandir, que compensa exportações, e o segundo de contratação de funcionários da Receita Federal e do Banco Central. Apesar dos poucos vetos, o senador Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo criticou a presidente Dilma Rousseff por não ter vetado o aumento do Fundo Partidário para R$ 867,5 milhões. 

(Ferraço) Não há justificativa em você mais do que duplicar os recursos para o Fundo Partidário. Num momento como esse, isso é inadmissível. Foi de fato lamentável que a presidente não tenha usado a caneta para vetar o que me parece um absurdo. 

REPÓRTER: O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, também lamentou a decisão ao destacar que a própria presidente Dilma teria dito que vai cortar o Fundo Partidário. 

(Renan)Ela sancionou um aumento incompatível com o ajuste. E disse desde logo que vai contingenciar. Escolheu a pior solução. Ela deveria ter vetado como muitos pediram porque aquilo foi aprovado sem que houvesse um debate suficiente sobre ela. 

REPÓRTER: Mas o relator do Orçamento, senador Romero Jucá do PMDB de Roraima, defendeu o valor do Fundo aprovado pelo Congresso Nacional. 

(Jucá) Esse Fundo Partidário da forma como foi colocado é o necessário para manter o funcionamento de 32 partidos. É importante avaliar a realidade e saber que não se faz democracia sem partido político. E não se faz partidos políticos sem recursos. 

REPÓRTER: Já o líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado, de Goiás, espera os cortes. 

(Caiado) No Brasil, o Orçamento tem sido apenas um orçamento apenas com a finalidade de dar um rumo, mas o cumprimento fica na dependência do Executivo. O contingenciamento tem sido uma prática, jamais foi um Orçamento Impositivo, como em outros países. 

REPÓRTER: Mas o líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, ressaltou que o contingenciamento não atingirá a área social e nem os investimentos.
22/04/2015, 01h29 - ATUALIZADO EM 22/04/2015, 01h29
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