Em sessão solene, seis mulheres recebem o Prêmio Bertha Lutz — Rádio Senado

Em sessão solene, seis mulheres recebem o Prêmio Bertha Lutz

LOC: EM SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL SEIS MULHERES RECEBERAM O PRÊMIO MULHER-CIDADÃ BERTHA LUTZ. 

LOC: ESTA É A DÉCIMA QUARTA EDIÇÃO DO PRÊMIO QUE CONCEDE HOMENAGENS A MULHERES COM DESTACADO PAPEL NA DEFESA DOS DIREITOS FEMININOS. REPÓRTER FRANCISCO COELHO. 

TÉC: O prêmio Mulher-Cidadã Bertha Lutz foi criado em 2001 para homenagear mulheres que se destacam na defesa das causas femininas. O nome foi escolhido em homenagem à bióloga e ex-deputada Bertha Maria Julia Lutz, uma das pioneiras na luta do direito da mulher ao voto e da igualdade de gêneros. Na solenidade, a procuradora da mulher no Senado, Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, lamentou o fato da mulher ainda ser tratada como minoria mesmo sendo a maioria da população. 

(Grazziotin) No Brasil, há segundo dados do IBGE, 2,5 milhões a mais de mulheres do que homens. Somos maioria em muitos setores da sociedade: maioria da população, maioria do eleitorado, temos o maior índice de escolaridade, mas, como diz a propaganda, somos ainda tratadas como minoria. 

(Repórter) Para a homenageada, ministra Maria Elizabeth, presidente do Superior Tribunal Militar, a participação da mulher nos espaços públicos ainda está longe do ideal. 

(Elizabeth) Eu não tenho dúvidas de que a diversidade de perfis humanos é proveitosa e enriquecedora, pois, se por um lado altera comportamentos tradicionais, por outro coloca novos desafios à formação do ethos social. Reconheço que vivemos um cenário positivo para igualação, mas o ‘empoderamento’ da mulher e a ampliação da sua participação nos espaços públicos e privados estão longe do ideal almejado. 

(Repórter) A décima quarta edição do prêmio homenageou seis mulheres: Cleuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas; Clara Araújo, fundadora da União Brasileira de Mulheres; Maria Elizabeth, presidente do Superior Tribunal Militar; Carmen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal; Mary Garcia, socióloga; e Ivanilda Pinheiro, do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima.
11/03/2015, 06h38 - ATUALIZADO EM 11/03/2015, 06h38
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