Financiamento de campanhas e eleições proporcionais devem ser analisadas em março — Rádio Senado

Financiamento de campanhas e eleições proporcionais devem ser analisadas em março

LOC: A REFORMA POLÍTICA DEVE SER ANALISADA PELO SENADO EM MARÇO 

LOC: VÁRIOS SENADORES DEFENDEM MUDANÇAS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS E NO FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

TEC: O presidente do Senado, Renan Calheiros, defende que a Casa vote já no início de março um projeto de reforma política. O senador pelo PMDB de Alagoas considera urgente resolver questões como o financiamento de campanhas e regras para as coligações em eleições proporcionais. Renan Calheiros destaca que o sistema eleitoral brasileiro permite injustiças e prejudica a vontade do eleitorado:

(RENAN): Ninguém entende mesmo como um candidato com 700 votos, com 400 votos e até com 275 votos, como já ocorreu, assuma um mandato na Câmara dos Deputados. O voto transferível é uma deformação que estimula as legendas de aluguel. Na questão do financiamento exclusivamente público, ele é meritório sobretudo para igualar a disputa, mas ele é impraticável  


(Repórter): Para o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, o financiamento privado das campanhas é a causa da maioria dos escândalos de corrupção:

(Cristovam): Tá na hora de acabar com uma das bases da corrupção, que é a contribuição de empresas nas campanhas eleitorais. 

(Repórter): A senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, concorda que a reforma política é um tema urgente e que deva ser colocado em pauta do Congresso Nacional:  

(Angela Portela): Vivemos neste momento uma situação segundo a qual nenhum político que preze pela ética na política, que defende a democracia, que luta pela participação da sociedade na vida política, deve silenciar diante do clamor social, nacional, pela reforma política. 

(Repórter): O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, por sua vez, cobrou que o Supremo Tribunal Federal conclua análise sobre financiamento de campanhas. 

(CAPIBERIBE) E é importante que a gente finalmente tenha o desenlace dessa questão, porque também isso deveria ter sido feito pelo parlamento na reforma política. já que o parlamento se mantém inerte e imobilizado diante dos grandes interesses que terminam pautando as nossas votações, os ministros do STF tomaram essa decisão e resta apenas o voto do ministro Gilmar Mendes e a minha expectativa é que esse voto seja dado o mais breve possível. 

(Repórter): A ação contra o financiamento privado de campanhas eleitorais está paralisada no Supremo desde 2 de abril do ano passado. Na ocasião, um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes paralisou a discussão, que já contava com seis votos contra a doação de pessoas físicas e jurídicas para candidatos e partidos políticos.
18/02/2015, 04h03 - ATUALIZADO EM 18/02/2015, 04h03
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