Senadores pedem acordos bilaterais para estimular comércio — Rádio Senado

Senadores pedem acordos bilaterais para estimular comércio

LOC: SENADORES PEDEM QUE O BRASIL FIRME ACORDOS BILATERAIS COM OUTROS PAÍSES PARA ESTIMULAR O COMÉRCIO. 

LOC: A SENADORA ANA AMÉLIA, DO PP DO RIO GRANDE DO SUL, AFIRMA QUE A ARGENTINA PREJUDICA O BRASIL AO BARRAR A ENTRADA DE PRODUTOS NACIONAIS. E RICARDO FERRAÇO, DO PMDB DO ESPÍRITO SANTO, COBRA MAIS PRAGMATISMO DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

TÉC: A senadora Ana Amélia lembrou que a redução do comércio com a Argentina só agravou o saldo negativo da balança comercial brasileira no ano passado, deficitária em quase 4 bilhões de dólares. Ela destacou que ao verem seus produtos barrados, produtores gaúchos têm registrado enormes prejuízos em suas indústrias de alimentos, móveis, celulose, autopeças, vestuário, sapatos e máquinas agrícolas. Ana Amélia acredita que o comércio entre os dois países pode ainda piorar, já que a Argentina fechou 15 acordos comerciais com a China, no valor de 21 bilhões de dólares – em detrimento dos parceiros do Mercosul, especialmente o Brasil. E reclama de diversos tipos de barreiras, inclusive burocráticas. Por isso, Ana Amélia defende que o Brasil também busque acordos bilaterais com outros países. 

(ANA AMÉLIA) A situação é tão grave que os argentinos compraram produtos brasileiros e não pagaram. Só no mês passado o Brasil fechou com mais de 1,2 mil declarações de importação antecipada, uma burocracia exclusiva que traduzindo se chama restrição, protecionismo e barreira comercial. 

(REPÓRTER) O senador Ricardo Ferraço, que presidiu a Comissão de Relações Exteriores no biênio passado, também defende que o Brasil busque firmar acordos bilaterais de comércio como forma de compensar o que chama de “perda de relevância do Mercosul.  

(FERRAÇO) É de tal intensidade a aproximação entre China e Argentina, que um analista classificou esse acordo como um verdadeiro drible no Mercosul...os acordos assinados com a China terminarão por escancarar o mercado argentino para as manufaturas chinesas, mais competitivas que as brasileiras. Precisamos fazer o dever de casa, senão teremos que rezar muito, e em mandarim, como desabafou recentemente um importante empreendedor brasileiro. 

(REPÓRTER) Ricardo Ferraço disse esperar que o ministério das Relações Exteriores, sob comando do ministro Mauro Vieira, coloque a diplomacia brasileira a serviço dos interesses do Brasil.
11/02/2015, 00h50 - ATUALIZADO EM 11/02/2015, 00h50
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