Sindicalistas pedem rejeição de MPs que tratam de direitos trabalhistas — Rádio Senado

Sindicalistas pedem rejeição de MPs que tratam de direitos trabalhistas

LOC: SINDICALISTAS PEDEM A DERRUBADA DAS DUAS MEDIDAS PROVISÓRIAS QUE MUDAM A CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS.  

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO ANTECIPA QUE OS PROJETOS DEVERÃO SER MODIFICADOS DURANTE DISCUSSÃO NO CONGRESSO NACIONAL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Os representantes de diversas centrais sindicais entregaram um documento ao presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, pedindo a derrubada das duas medidas provisórias que alteram a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas. Entre as mudanças estão o aumento de 6 para 18 meses de carteira assinada o prazo para a solicitação do seguro-desemprego e o fim da integralidade da pensão por morte. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reafirmou que os sindicalistas estão mobilizados para impedir a votação das novas regras. 

(Miguel Torres) Isso demonstra a unidade das centrais contra essas medidas provisórias que tiram direito dos trabalhadores. 

(Repórter) O presidente do Senado explicou que serão instaladas nos próximos dias duas comissões mistas para discutir as medidas provisórias. Ele antecipou, no entanto, que o Senado não deverá aprovar os projetos do governo sem fazer alterações. 

(Renan Calheiros) Não podemos transferir a conta do ajuste para o trabalhador. O protagonismo do Senado e do Congresso Nacional será no sentido de criar alternativas para que o trabalhador não seja duramente sacrificado porque isso significa do ponto vista econômico e social um retrocesso. 

(Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, considera difícil a aprovação das duas medidas provisórias. Ele ponderou que o governo terá que acatar as sugestões dos parlamentares se quiser ver as mudanças aprovadas. 

(Paulo Paim) O Parlamento apresentou mais de 500 emendas. Eu fui o que mais apresentei com 47 emendas para as duas MPs. Ora, isso mostra que há uma vontade e o governo sabe que tem que negociar. 

(Repórter) Segundo o governo federal, as mudanças na concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas poderão resultar numa economia de R$ 18 bilhões, principalmente, no combate a fraudes.
10/02/2015, 08h07 - ATUALIZADO EM 10/02/2015, 08h07
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