Senadores divergem sobre movimento para pedir impeachment de Dilma — Rádio Senado

Senadores divergem sobre movimento para pedir impeachment de Dilma

LOC: SENADORES SE DIVIDEM SOBRE MOVIMENTO CONVOCADO PELAS REDES SOCIAIS PARA PEDIR O IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. 

LOC: A MANIFESTAÇÃO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 15 DE MARÇO, EM VÁRIAS CIDADES DO PAÍS. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) Os senadores da bancada do governo argumentaram que este não é um momento para falar em impeachment da presidente da República. Apesar de classificar como grave o momento atual, Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, afirmou que a presidente Dilma Rousseff é séria e trata com firmeza e respeito assuntos relacionados à coisa pública. Para Lindbergh, qualquer pedido de afastamento da presidente é precipitado e não corresponde à vontade da população. 

(Lindbergh Farias) “Não é acusar o povo de golpista. Agora, tem uma minoria golpista, sim, se organizando neste país. Alguns defendendo volta da ditadura militar e agora falando de impeachment. Esse discurso precipitado de falar de impeachment de uma presidente da República que acabou de ser eleita eu não tenho escutado isso do povo brasileiro, não, por onde eu ando”. 

(Repórter) Para Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, a sociedade começa a pensar em afastamento da presidente, não pela queda de popularidade, mas pelo conjunto de fatos que deixa a população insatisfeita. 

(Cássio Cunha Lima) “Uma grave crise ética, um quadro econômico desalentador, aumento de impostos, de tarifas, sobretudo de energia, retirada de direitos trabalhistas, aumento de combustível. E o que se percebe é um governo inerte, absolutamente omisso, diante da gravidade que o país enfrenta. Era o momento de a presidente mostrar para o país que o seu compromisso é como pais e não com o partido”. 

(Repórter) Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, observou que até agora só existem denúncias de corrupção, sem julgamento. Para ela, a responsabilidade pelo o que acontece no país não é só do Executivo. 

(Gleisi Hoffmann) “Manifestações pró impeachment, contra impeachment, podem acontecer. O que não pode é a Oposição vir aqui e, através de subterfúgios, tentar fazer uma discussão dizendo que tem base técnica para um assunto que é exclusivamente político. Não há responsabilidade objetiva”. 

(Repórter) José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, afirmou que a oposição vai ficar do lado da sociedade. 

(José Agripino) “O que vai acontecer no dia 15 de março? eu não sei. O que eu sei é o que eu estou ouvindo. Nós, da oposição, não vamos provocar nenhum cataclismo. Agora, nós não vamos nos apartar do sentimento popular, vamos sintonizar, sim, o sentimento popular, de modo a levar este país para um porto seguro.”. 

(Repórter) A Constituição brasileira prevê impeachment do presidente da República, governadores e prefeitos por crime de responsabilidade. O afastamento do mandato deve ser aprovado pelo Congresso.
09/02/2015, 09h01 - ATUALIZADO EM 09/02/2015, 09h01
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