Governo cogita criar nova CPMF para financiar SUS, mas senadores são contra — Rádio Senado

Governo cogita criar nova CPMF para financiar SUS, mas senadores são contra

LOC: SENADORES DE DIVERSOS PARTIDOS SE POSICIONAM CONTRA A VOLTA DA CPMF, O IMPOSTO DO CHEQUE.  

LOC: O GOVERNO NÃO DESCARTA CRIAR UMA NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAR O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Em meio à ameaça de cortes e diante de um crescimento inferior a 1% da economia no ano passado, o governo não descarta a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, ou um novo tributo que banque o Sistema Único de Saúde. Mesmo sendo favoráveis a mais verbas para o setor, senadores de diferentes partidos já adiantaram que são contra a ideia. Apesar de ter votado favoravelmente à CPMF no passado e admitir que faria o mesmo agora, o senador e médico Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, avalia que a proposta não seria aprovada pelo Congresso Nacional. 

(Moka) Acho que não tem clima para isso no Congresso. Temos que pensar numa forma de financiamento. Mas CPMF acho difícil. 

REPÓRTER: O líder do Democratas, senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, avisou que a oposição vai impedir não só a volta da CPMF como a criação ou aumento de qualquer imposto. 

(Agripino) Já estão falando em Imposto da Saúde, CPMF, a volta da Cide. Isso aí não vamos por hipótese alguma concordar porque torna o Brasil ainda mais incompetitivo porque quanto mais imposto mais cara fica a vida da sociedade. 

REPÓRTER: O vice-líder do PSB, senador João Capiberibe, do Amapá, não descarta o debate. Mas é contrário à nova CPMF ao defender uma auditoria nos gastos do Ministério da Saúde. 

(Capiberibe) Acho que vale a pena debater. Agora tenho minhas dúvidas se esse é o caminho ou se o caminho não seria o maior controle da aplicação dos recursos do SUS. Porque o que se sabe é que há um desvio grande desses recursos. Acho que talvez fosse o caso de investir pesadamente na contratação de auditores para fazer um acompanhamento mais preciso da aplicação dos recursos. 

REPÓRTER: Criado em 1993 o “imposto sobre o cheque” foi extinto em janeiro de 2008 após o Senado rejeitar a prorrogação da cobrança de 0,38% sobre todas as movimentações financeiras. O governo deixou de arrecadar na época 40 bilhões de reais.
09/01/2015, 11h16 - ATUALIZADO EM 09/01/2015, 11h16
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