Senadores avaliam decisão de corte de gastos na administração pública — Rádio Senado

Senadores avaliam decisão de corte de gastos na administração pública

LOC: SEM O ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO APROVADO, A EQUIPE ECONÔMICA DECIDE CORTAR QUASE DOIS BILHÕES NAS DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 

LOC: SENADORES DA OPOSIÇÃO AFIRMAM QUE O GOVERNO NÃO TINHA ESCOLHA ENQUANTO BASE ALIADA DIZ QUE O AJUSTE NÃO SACRIFICARÁ A POPULAÇÃO. 

Repórter: Sob o argumento de incertezas na economia, o Ministério do Planejamento anunciou um corte de R$ 1,9 bilhão nas despesas do governo federal. Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União, os ministérios e demais autarquias só podem gastar o equivalente a 1/18 avos por mês dos recursos em caixa. Esse valor é 33% menor do que o previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que permite o governo federal a gastar 1/12 avos do Orçamento do ano anterior para pagar despesas obrigatórias, a exemplo de repasses para a saúde, educação e salário do funcionalismo até a aprovação do Orçamento Geral da União deste ano. O senador Jorge Viana do PT do Acre defendeu os ajustes feitos pela equipe econômica. Mas destacou que os cortes não vão atingir os programas sociais. O petista negou que a limitação nos gastos seja uma tentativa do governo de retomar a confiança dos investidores ao sinalizar o cumprimento da meta de superávit, que é a poupança destinada ao pagamento dos juros da dívida. 

Jorge Viana: Para se ter dinheiro para investimentos e para seguir fazendo as políticas sociais, o governo tem que ser eficiente no gasto público. O governo do Brasil está adotando essas medidas, primeiro, porque é o que um governo bom tem que fazer, um governo eficiente. Mas, segundo, porque estão precisando fazer isso para ganhar a confiança da sociedade. Não se trata para mim de confiança do mercado só. O desafio para nós equipe é fazermos mais com menos, gastando menos.  

Repórter: O líder do Democratas, senador José Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, não se surpreendeu com o tamanho dos cortes ao ressaltar que a equipe econômica não tinha outra opção. 

José Agripino Maia: O governo está fazendo aquilo que é preciso fazer, não resta dúvida. Não tem para onde correr, tem que fazer isso. Só que durante a campanha eleitoral disse que não iria fazer. E isso que o governo está sendo obrigado a fazer para corrigir a herança que Dilma recebeu de si própria é para dar ao Brasil condições mínimas de governabilidade pelo equilíbrio fiscal. REP: O Orçamento Geral da União de 2015 só deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional em fevereiro. 
08/01/2015, 00h17 - ATUALIZADO EM 08/01/2015, 00h17
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