Projeto que obriga clubes a prestarem assistência psicológica aos atletas pode ser votado em breve — Rádio Senado

Projeto que obriga clubes a prestarem assistência psicológica aos atletas pode ser votado em breve

LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO PODE CONCLUIR EM BREVE A VOTAÇÃO DO PROJETO QUE OBRIGA OS CLUBES A PRESTAREM ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA A SEUS ATLETAS. 

LOC: O OBJETIVO É EVITAR QUE A PRESSÃO EMOCIONAL PREJUDIQUE OS ATLETAS E ATÉ MESMO O RESULTADO DAS COMPETIÇÕES. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: A proposta muda a Lei Pelé, que trata das normas gerais dos esportes, para incluir a obrigação de que clubes prestem assistência psicológica continuada aos atletas profissionais. O autor, senador Marcelo Crivella, do PRB do Rio de Janeiro, justifica a mudança lembrando que os atletas de alto rendimento vivem sob constante pressão, tendo de lidar com competições, viagens e a vida longe da família. Ele dá como exemplo da necessidade de cuidado com a saúde mental o caso do jogador Sócrates, que morreu em 2011 pouco depois de admitir o alcoolismo, como consequência da ansiedade no ambiente esportivo. A relatora da proposta na Comissão de Educação, senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, destaca que a própria Lei Pelé exige a contratação de psicólogos pelos clubes, mas apenas para acompanhar os atletas em formação. Por isso, é justo exigir o mesmo tratamento para os atletas profissionais, que sofrem ainda mais pressão no dia a dia dos campeonatos. 

(Angela Portela) Não são poucas as situações em que atletas brasileiros de ponta, individualmente ou em equipe, apresentaram-se em competições de projeção internacional como favoritos, dadas as suas reconhecidas qualidades técnicas e físicas, mas em disputas decisivas não renderam o que deles se esperava, pelo menos em parte devido à ansiedade e à pressão da obrigação de vencer que aparentemente sentiram. 

(Repórter) Crivella ressalta que o desgaste psicológico prolongado traz prejuízos não somente para os atletas, mas também ao clube, à família e aos patrocinadores do esporte, pois os resultados das disputas são afetados diretamente pelo desequilíbrio emocional. Se o projeto for aprovado pela Comissão de Educação, segue diretamente para a Câmara dos Deputados.
05/01/2015, 06h25 - ATUALIZADO EM 05/01/2015, 06h25
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