Relatório sugere autorizar uso medicinal da maconha
LOC: O RELATÓRIO APRESENTADO PELO SENADOR CRISTOVAM BUARQUE, DO PDT DE BRASÍLIA, APÓS A SÉRIE DE AUDIÊNCIAS SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DA MACONHA, TRAZ UMA SUGESTÃO DE DECRETO DE AUTORIZAÇÃO PARA SEU USO MEDICINAL.
LOC: A IDÉIA É QUE O PODER PÚBLICO, PESSOAS JURÍDICAS E PESSOAS FÍSICAS, POSSAM CULTIVAR QUANTIDADES DA PLANTA PARA USO MEDICINAL. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) Durante o ano de 2014, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou seis audiências públicas para debater a sugestão de iniciativa popular número 8 que propõe regularizar os usos medicinal, industrial e recreativo da Maconha. A proposta foi relatada pelo senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que presidiu os debates com mais de 23 expositores, 310 debatedores e mais de 10 mil participações por telefone e internet. O senador Cristovam Buarque defende a continuidade da discussão em 2015:
(Cristovam Buarque) Nós temos obrigação de continuar este debate Este é um dos temas mais graves da sociedade brasileira e a até mundial. E tá claro que nós estamos fracassando na luta contra a droga. O proibicionismo, proibição, uma espécie de Lei Seca da Maconha não tá funcionando. Tá aumentando o consumo e ao mesmo tempo, tá produzindo todos estes efeitos complementares de jovens presos porque são portadores de droga, a violência do tráfico, toda esta consequência nefasta do ponto de vista policial vem do proibicionismo. Então o proibicionismo fracassou.
(Repórter) Nas primeiras audiências públicas ocorreram grandes polêmicas quando foram apresentados relatos e pesquisas que demonstravam a eficácia medicinal de diversos princípios da maconha. O Canabidiol, ou CBD, uma das 40 substâncias presentes na Maconha possui propriedades em deter ou mesmo eliminar convulsões de pacientes de epilepsia e síndrome de Drivet. Já o Tetra-hidro-canabidiol, conhecido como THC e associado aos efeitos psicoativos da maconha, tem capacidade de reduzir ou mesmo eliminar náuseas de pacientes em tratamento contra Câncer e reabrir o seu apetite. Várias das substâncias da maconha estão associadas ao tratamento de doenças como glaucoma, anorexia e stress, como explica o neurocientista e professor da Universidade de Brasília, Renato Malcher Lopes:
(Renato Malcher Lopes) Do Delta-8-THC, do Canibigerol, do Canabidiol, do Canabinol e da Canabivarina. Têm efeito ansiolítico, efeito imunossupressor, suprime inflamações, efeito anti-inflamatório; efeito bactericida, fungicida, antiviral; ele impede a proliferação de tumores de câncer, vasodilatador. É neuroprotetor, protege neurônios contra hiper-ativação e é antioxidante; estimula o apetite, inibe a náusea, é analgésico, é levemente sedativo, diminui a pressão intraocular...
(Repórter) O senador Cristovam Buarque propõe que seja criada uma subcomissão temporária, dentro da Comissão de Direitos Humanos do Senado, para que em 2015 continue com os debates sobre a Maconha. Segundo Cristovam, é necessária a retomada da pesquisa com a maconha. Desde a proibição de seu uso há mais de 50 anos, o Brasil deixou de pesquisar suas propriedades medicinais. Também parou a fabricação dos tecidos de maconha - o cânhamo - que eram os mais resistentes para uso em embarcações e roupas navais sujeitas à maresia.
LOC: A IDÉIA É QUE O PODER PÚBLICO, PESSOAS JURÍDICAS E PESSOAS FÍSICAS, POSSAM CULTIVAR QUANTIDADES DA PLANTA PARA USO MEDICINAL. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) Durante o ano de 2014, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou seis audiências públicas para debater a sugestão de iniciativa popular número 8 que propõe regularizar os usos medicinal, industrial e recreativo da Maconha. A proposta foi relatada pelo senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que presidiu os debates com mais de 23 expositores, 310 debatedores e mais de 10 mil participações por telefone e internet. O senador Cristovam Buarque defende a continuidade da discussão em 2015:
(Cristovam Buarque) Nós temos obrigação de continuar este debate Este é um dos temas mais graves da sociedade brasileira e a até mundial. E tá claro que nós estamos fracassando na luta contra a droga. O proibicionismo, proibição, uma espécie de Lei Seca da Maconha não tá funcionando. Tá aumentando o consumo e ao mesmo tempo, tá produzindo todos estes efeitos complementares de jovens presos porque são portadores de droga, a violência do tráfico, toda esta consequência nefasta do ponto de vista policial vem do proibicionismo. Então o proibicionismo fracassou.
(Repórter) Nas primeiras audiências públicas ocorreram grandes polêmicas quando foram apresentados relatos e pesquisas que demonstravam a eficácia medicinal de diversos princípios da maconha. O Canabidiol, ou CBD, uma das 40 substâncias presentes na Maconha possui propriedades em deter ou mesmo eliminar convulsões de pacientes de epilepsia e síndrome de Drivet. Já o Tetra-hidro-canabidiol, conhecido como THC e associado aos efeitos psicoativos da maconha, tem capacidade de reduzir ou mesmo eliminar náuseas de pacientes em tratamento contra Câncer e reabrir o seu apetite. Várias das substâncias da maconha estão associadas ao tratamento de doenças como glaucoma, anorexia e stress, como explica o neurocientista e professor da Universidade de Brasília, Renato Malcher Lopes:
(Renato Malcher Lopes) Do Delta-8-THC, do Canibigerol, do Canabidiol, do Canabinol e da Canabivarina. Têm efeito ansiolítico, efeito imunossupressor, suprime inflamações, efeito anti-inflamatório; efeito bactericida, fungicida, antiviral; ele impede a proliferação de tumores de câncer, vasodilatador. É neuroprotetor, protege neurônios contra hiper-ativação e é antioxidante; estimula o apetite, inibe a náusea, é analgésico, é levemente sedativo, diminui a pressão intraocular...
(Repórter) O senador Cristovam Buarque propõe que seja criada uma subcomissão temporária, dentro da Comissão de Direitos Humanos do Senado, para que em 2015 continue com os debates sobre a Maconha. Segundo Cristovam, é necessária a retomada da pesquisa com a maconha. Desde a proibição de seu uso há mais de 50 anos, o Brasil deixou de pesquisar suas propriedades medicinais. Também parou a fabricação dos tecidos de maconha - o cânhamo - que eram os mais resistentes para uso em embarcações e roupas navais sujeitas à maresia.