Satélites apontam queda de 18% no desmatamento na Amazônia Legal — Rádio Senado

Satélites apontam queda de 18% no desmatamento na Amazônia Legal

LOC: SATÉLITES APONTAM QUEDA DE 18% NO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL. 

LOC: PARA SENADORES, A DIMINUIÇÃO PODE SER REFLEXO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL, APROVADO EM 2012. REPÓRTER MARCELLA CUNHA 

(Repórter) O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal, o Prodes, registrou uma queda de 18% no desmatamento da região. Entre agosto de 2013 e julho de 2014, aproximadamente quatro mil e oitocentos quilômetros quadrados foram desmatados, de acordo com o monitoramento realizado por satélites. O número é o segundo mais baixo desde 1988, quando o controle começou a ser feito. A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, atribuiu a redução da taxa ao sistema de fiscalização do Ibama e à implementação do Cadastro Ambiental Rural. Já o presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, acredita ser resultado da implementação do novo Código Florestal Brasileiro. 

(Blairo Maggi) “Eu penso que um dos motivos para que a gente tenha essa diminuição é porque nós temos um Código Florestal agora que diz claramente o que pode e o que não pode. E dentro do que pode, aqueles que desejam ter supressão vegetal, eles têm conseguido isso de forma legal.” 

(Repórter) O código dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e tramitou durante doze anos no Congresso, gerando grandes embates entre ruralistas e ambientalistas. Ele anistia quem realizou desmatamentos ilegais antes de 2008 e reduz a área que deveria ser reflorestada em 58%. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, é uma das defensoras do chamado Desmatamento Zero. 

(Vanessa Grazziotin) “A gente tem todas as razões do mundo para comemorar a diminuição do desmatamento. Agora, a nossa meta é desmatamento zero. E desmatamento zero não significa não mexer na região. Pode mexer, mas mexer com critérios e com cuidado. E que a melhor política para a defesa da Amazônia é a inclusão social e que promova o desenvolvimento sustentável.” 

(Repórter) Segundo o Prodes, o estado que mais desmatou no período foi o Pará, seguido por Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.
01/12/2014, 06h36 - ATUALIZADO EM 01/12/2014, 06h36
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