Renan defende votação da Reforma Política em 2015 — Rádio Senado

Renan defende votação da Reforma Política em 2015

LOC: INDEPENDENTEMENTE DE PLEBISCITO OU REFERENDO, O PRESIDENTE DO SENADO DEFENDE A VOTAÇÃO DE UMA REFORMA POLÍTICA NO ANO QUE VEM. 

LOC: PARA A OPOSIÇÃO, O DEBATE SOBRE A CONSULTA POPULAR SINALIZA QUE A PROPOSTA NÃO DEVERÁ SER PRIORIDADE. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Em seu discurso de vitória, a presidente Dilma Rousseff anunciou como prioridade no seu segundo mandato a Reforma Política após um plebiscito. Apesar de concordar com as mudanças nos sistemas político e eleitoral, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, se mostrou mais favorável a um referendo, quando a população é convocada a se manifestar após o Congresso Nacional aprovar uma proposta. Mas deixou claro que o debate mais relevante não é sobre a consulta popular, mas a Reforma Política em si. 

(Renan Calheiros) É importante minimizar essa decisão se é referendo ou plebiscito é uma coisa técnica. O que convém mais para ouvir a sociedade? É um plebiscito? Perguntar sim ou não? Ou votar uma lei e submetê-la à sociedade, como fizemos com a proibição da venda de armas e munição. Acho que é uma questão técnica e o Congresso depois decidirá o melhor caminho.  

(Repórter) O líder do governo, senador José Pimentel, do PT do Ceará, defende o plebiscito ao lembrar que a Reforma Política é uma demanda da sociedade.  

(José Pimentel) Temos aqui uma proposta do Fórum das Entidades com mais de 8 milhões de assinaturas propondo o plebiscito. É preciso ouvir a sociedade. A forma, se é antes ou depois, é o que queremos aprofundar. 

(Repórter) O senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, defende a participação da sociedade no debate da Reforma Política. Mas avalia que começar a discussão sobre o tipo da consulta popular é uma maneira de inviabilizar a votação das mudanças nos sistemas político e eleitoral. 

(Cyro Miranda) Aí estão duas posturas de que não querem fazer a Reforma Política. Quando se fala em plebiscito ou em referendo, isso não é o caminho. Essa Casa já mostrou por duas vezes que não aceita isso. Por que insistir? Isso é uma prova de que não querem levar isso adiante. Como você vai fazer um plebiscito com tantas questões? Para que se elegeu o Congresso? Isso tem que ser discutido aqui. 

(Repórter) Os pontos da Reforma Política ainda não foram definidos. Mas entre eles estão o financiamento público de campanha, a coincidência de mandatos e o fim da reeleição. 
28/10/2014, 05h05 - ATUALIZADO EM 28/10/2014, 05h05
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