Senadores divergem sobre preparo do país frente a uma possível epidemia — Rádio Senado

Senadores divergem sobre preparo do país frente a uma possível epidemia

LOC: A SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO POR EBOLA EM UM GUINEANO NO PARANÁ DIVIDIU A OPINIÃO DE PARLAMENTARES SOBRE A PREPARAÇÃO DO BRASIL FRENTE A UMA POSSÍVEL EPIDEMIA. 

LOC: HUMBERTO COSTA, DO PT DE PERNAMBUCO, GARANTE QUE O PAÍS TEM ESTRUTURA PARA ATENDER EVENTUAL SURTO DA DOENÇA; JÁ PAULO DAVIM, DO PV DO RIO GRANDE DO NORTE, MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM A SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM. 

(Repórter) O caso do africano Suoleymane Bah, de 47 anos, que se apresentou a uma unidade de saúde em Cascavel, no Paraná, com febre, dor de garganta e tosse deixou o Brasil em estado de alerta para o vírus ebola. A preocupação, agora, é prevenir a entrada do vírus e organizar uma estrutura para possíveis casos de contaminação. O tema é polêmico e os senadores divergem sobre o assunto. Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que já foi ministro da Saúde, defende que o país está preparado para o risco de um surto, e que as medidas de controle adotadas nas entradas do país estão adequadas . 

(Humberto Costa) Estamos fazendo um bloqueio adequado nas nossas fronteiras, nos nossos aeroportos. Nós estamos também muito bem equipados para fazer um diagnóstico rápido e, com isso, identificar o problema. E mais ainda, temos amplas condições de tratar adequadamente, se viesse a acontecer, de alguém ser contaminado pelo vírus e acometido pela doença. 

(Repórter) Mas, para o senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, que também é médico, a realidade é diferente. Ele mostrou preocupação quanto à possibilidade de a doença chegar ao país ao lembrar a situação da saúde brasileira. 

(Paulo Davim) A capacidade de expansão de uma doença de origem viral é muito grande. Mais cedo ou mais tarde essa epidemia irá se expandir, como já está acontecendo. E eu me preocupo muito. Acho que não tardará muito e vai chegar no Brasil. E é uma temeridade chegando no Brasil, com uma estrutura de saúde deficitária e muitas vezes caótica que nós temos. Então é preocupante. 

(Repórter) Até a semana passada, a Organização Mundial da Saúde confirmou mais de oito mil e quatrocentos casos de ebola em sete países. Quase metade dos infectados não resistiu ao vírus. Da Rádio Senado, Lucyenne Landim. 

MESMO APÓS O PRIMEIRO EXAME LABORATORIAL NEGATIVO, SULEYMANE BAH CONTINUA EM ISOLAMENTO TOTAL NO INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS, NO RIO DE JANEIRO. 

UM SEGUNDO EXAME DE LABORATÓRIO, QUE VAI CONFIRMAR OU DESCATAR A SUSPEITA DA DOENÇA, DEVE SER DIVULGADO AINDA NESTA SEGUNDA-FEIRA.
13/10/2014, 05h28 - ATUALIZADO EM 13/10/2014, 05h28
Duração de áudio: 01:57
Ao vivo
00:0000:00