6º debate sobre maconha enfatiza posição contrária à liberação da droga — Rádio Senado

6º debate sobre maconha enfatiza posição contrária à liberação da droga

LOC: O USO MEDICINAL DA MACONHA FOI O ENFOQUE PRINCIPAL DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DESTA SEGUNDA-FEIRA, NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA DO SENADO.

LOC: NESTA SEXTA REUNIÃO PARA DISCUTIR A SUGESTÃO POPULAR QUE PEDE UMA PROPOSTA PARA A LEGALIZAÇÃO DO USO RECREATIVO E MEDICINAL DA DROGA, OS CONVIDADOS REPRESENTARAM SETORES QUE NÃO ADMITEM A LIBERAÇÃO. REPÓRTER NARA FERREIRA:

TEC: Os participantes do debate foram, em grande maioria, contrários à liberação da maconha. O padre Aníbal Lopes, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, destacou não haver evidência cientifica que comprove a eficácia da cannabis para o tratamento da epilepsia. Para ele, a liberação vai estimular o consumo. 

(PADRE) Todas as vezes que a legislação, as indicações, as normas são liberalizadoras, elas Induzem a diminuição da percepção do risco associado ao uso. 

(REP) O psiquiatra Marcos Zaleski lembrou que a maconha é uma droga psicoativa que altera a capacidade de percepção da realidade. 

(MARCOS) Jamais do ponto de vista de saúde mental a gente apoiaria a liberação da substancia para fins de tratamento de saúde sob a forma de cigarros de maconha. 

(REP) A presidente da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e outras Drogas, Ana Cecília Marques, ressaltou que a política anti-drogas deve priorizar a prevenção 

(ANA CECÍLIA) está faltando prevenção nesse país...é importante que o senador esteja realizando esse debate, e isso vai ser divulgado para que todo mundo escute tudo que temos para dizer, porque a prevenção começa assim.  

(REP) Alexandre Sampaio Zakir, delegado de polícia e corregedor do estado de São Paulo, afirmou que os problemas da segurança pública não serão resolvidos com a legalização 

(ALEXANDRE) Se eu pensar que a falha na política de segurança publica justifica uma legalização, corro o risco de no dia de amanha evoluir esse raciocínio para outros tipos de crimes. 

(REP) O senador Fleury, do Democratas de Goiás, defende a importação do medicamento, mas não a liberação da droga. 

(FLEURY) O nosso país não tem como fiscalizar o uso medicinal, o medicinal passará a ser o recreativo liberado. Devemos criar uma camara setorial de importação do medicamento. 

(REP) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, vai apresentar o relatório sobre a sugestão popular após a série de audiências públicas.
13/10/2014, 01h25 - ATUALIZADO EM 13/10/2014, 01h25
Duração de áudio: 02:04
Ao vivo
00:0000:00