Ministro do STF valida delação de ex-diretor da Petrobras — Rádio Senado

Ministro do STF valida delação de ex-diretor da Petrobras

LOC: A CPI MISTA DA PETROBRAS AINDA NÃO TERÁ ACESSO À DELAÇÃO PREMIADA DE EX-DIRETOR DA ESTATAL. 

LOC: MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VALIDOU OS DEPOIMENTOS QUE DETALHAM O ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA PETROLÍFERA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, já homologou a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Apesar da validação dos depoimentos que detalham o esquema de lavagem de dinheiro na estatal por meio de empresas do doleiro Alberto Youssef, a CPI Mista da Petrobras ainda não terá acesso a essas informações. O líder do Democratas, senador José Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, explicou que num encontro com os integrantes da Comissão, o ministro Teori Zavascki avisou que o Supremo só vai liberar a cópia dos depoimentos após a apresentação formal da denúncia. 

(José Agripino) A homologação da delação premiada significa um primeiro passo. O que ficou acertado é que instaurado o processo, aí sim, o compartilhamento dos depoimentos será feito com a CPI. É o que o rito processual permite. Acho que ganhamos mais uma etapa porque o Ministério Público já se manifestou, encaminhou para o ministro Teori, que já homologou. Agora resta a abertura do processo. 

(Repórter) Outra integrante da CPI Mista, a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas se disse surpresa com a rapidez da homologação da delação premiada. Ela afirmou que, com essa etapa vencida, a Comissão poderá ter acesso aos documentos num período de tempo menor do que o esperado. 

(Vanessa Grazziotin) Essa é uma boa notícia porque é uma sinalização de que as coisas de fato serão encaminhadas num período que exige a gravidade dos fatos que possivelmente vamos tomar conhecimento em breve. 

(Repórter) Com a homologação da delação premiada, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, obteve o direito da prisão domiciliar após passar quase quatro meses na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná, acusado de participar do esquema que teria movimentado R$ 10 bilhões.
30/09/2014, 09h46 - ATUALIZADO EM 30/09/2014, 09h46
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