Anvisa regulamenta volta da venda de inibidores de apetite — Rádio Senado

Anvisa regulamenta volta da venda de inibidores de apetite

LOC: A ANVISA REGULAMENTOU A VOLTA DA VENDA DE INIBIDORES DE APETITE, COM RESTRIÇÕES AO ACESSO DOS MEDICAMENTOS. 

LOC: A RESOLUÇÃO DA AGÊNCIA, PUBLICADA NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, EXIGE QUE O CONSUMIDOR APRESENTE RECEITA E UM TERMO DE RESPONSABILIDADE PARA PODER COMPRAR OS REMÉDIOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(Repórter) No início de setembro, o Senado aprovou um Projeto de Decreto Legislativo que suspendeu uma resolução anterior da Anvisa, de 2011, proibindo a venda de inibidores de apetite à base de anfetamina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária elaborou uma nova resolução permitindo, com restrições, a comercialização de produtos que contenham as substâncias anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina. O texto estabelece doses diárias recomendadas para cada uma das substâncias. As receitas devem acompanhar um termo de responsabilidade assinado pelo médico e pelo paciente. A volta dos remédios, no entanto, pode demorar pelo menos seis meses. As indústrias terão de fazer um novo registro, e para aprovar a venda, a agência vai exigir testes detalhados, com estudos que comprovem que os remédios ajudam a emagrecer sem pôr em risco a saúde dos pacientes. A senadora Lúcia Vânia, do PSDB de Goiás, que foi relatora do projeto que derrubou a proibição, lembrou que os inibidores de apetite são as únicas opções para obesos que não podem esperar por uma cirurgia bariátrica. 

(Lúcia Vânia) Não me posicionei sem ter um profundo conhecimento de causa. Esses especialistas me forneceram muitos argumentos sobre a necessidade desses remédios e inclusive me informam que lutam pela reversão da decisão imposta pela Anvisa desde o ato de sua publicação, e me informaram que esses medicamentos estão bem mais modernos do que há alguns anos e foram objetos de estudos que atestam a eficácia deles. 

(Repórter) O termo de responsabilidade da sibutramina é mais completo, e deve alertar para aumento no risco de infarto e derrame. O médico deve ainda informar que o remédio deve ser usado em conjunto com outras formas de perda de peso – como reeducação alimentar e atividades físicas – e por período máximo de dois anos. No caso dos outros remédios, o termo declara que não há dados técnicos que demonstrem a eficácia e a segurança dos medicamentos no controle da obesidade.
29/09/2014, 06h47 - ATUALIZADO EM 29/09/2014, 06h47
Duração de áudio: 01:57
Ao vivo
00:0000:00