CPMI da Petrobras deve ouvir contadora de doleiro — Rádio Senado

CPMI da Petrobras deve ouvir contadora de doleiro

LOC: A CPI MISTA DA PETROBRAS DEVE OUVIR CONTADORA DE DOLEIRO E VAI INVESTIGAR DENÚNCIA DE QUE DIRETORES DA ESTATAL TRANSFERIRAM BENS PARA EVITAR PUNIÇÃO DO TCU.  

LOC: EM DEPOIMENTO, GERENTE DEFENDE MANOBRA PARA PROTELAR DECISÃO DA COMPRA DE REFINARIA NOS ESTADOS UNIDOS. E DIRETOR DE SEGURANÇA NEGA PAGAMENTO DE PROPINA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) O vice-presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Gim do PTB do Distrito Federal, anunciou que será votado nos próximos dias o pedido de convocação da contadora Meire Poza, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef, responsável por intermediar diversos contratos com a Petrobras. Também será apreciado um requerimento solicitando a cartórios de imóveis do Rio de Janeiro informações sobre transferência de bens para parentes por parte da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ex-diretor Nestor Cerveró para escaparem da condenação do Tribunal de Contas da União de ressarcimento por prejuízos com a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Para Gim, a suspeita compromete os investigados. 

(Gim) Chega a ser gravíssima. Não é possível que logo no dia seguinte quando estourou essa denuncia, as pessoas tiraram os imóveis do nome? Não é normal fazer isso. Vamos apurar para ver se aconteceu mesmo. 

(Repórter) Em depoimento à CPI Mista, o gerente jurídico da Petrobras, Carlos de Andrade, defendeu a decisão de não pagar US$ 639 milhões pela compra compulsória da metade da refinaria de Pasadena da sócia Astra Oil. Por esse acordo, segundo ele, a Petrobras ainda poderia ser alvo de outras ações judiciais nos Estados Unidos e desembolsar outros US$ 400 milhões. Com a postergação, a estatal brasileira teve que pagar US$ 805 milhões, o que foi considerado um bom desfecho pelo gerente jurídico da Petrobras ao lembrar que a justiça norte-americana não avaliou a estratégia como uma manobra para fugir do cumprimento do acordo. 

(Carlos de Andrade) Não houve nenhuma declaração de que estávamos agindo de má fé. Portanto, estávamos nos valendo do legítimo direito de defesa de uma parte condenada no processo para recorrer e buscar uma decisão mais favorável ou um momento mais favorável. 

(Repórter) Já o diretor de Segurança Empresarial da Petrobras, Pedro Arruda, negou o pagamento de propina pela empresa holandesa SBM, construtora de plataformas, para servidores da estatal. 
20/08/2014, 07h49 - ATUALIZADO EM 20/08/2014, 07h49
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