Universitários poderão receber salário mínimo para custear estudos — Rádio Senado

Universitários poderão receber salário mínimo para custear estudos

LOC: ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE BAIXA RENDA PODERÃO RECEBER UM SALÁRIO MÍNIMO POR MÊS PARA AJUDAR A BANCAR OS ESTUDOS. 

LOC: É O QUE PREVÊ UM PROJETO NA PAUTA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO, QUE CRIA A BOLSA DE PERMANÊNCIA UNIVERSITÁRIA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: Sugerido pelo senador Paulo Paim, o Programa Bolsa de Permanência Universitária prevê o pagamento de um salário mínimo por mês para alunos de baixa renda matriculados em cursos universitários e técnicos, de instituições públicas ou privadas credenciadas pelo Ministério da Educação. O aluno deverá comprovar que a renda familiar não ultrapassa três salários mínimos por pessoa e que ele ainda não tem um diploma de graduação. Para receber a bolsa, o estudante deve dar uma contrapartida à União, estagiando durante vinte horas por semana, de preferência como monitor em escola da rede pública. O tempo do estágio pode ser contado para cumprir exigências do currículo do curso. Paim, que é senador pelo PT do Rio Grande do Sul, lembra que em 2013 o governo federal lançou um programa semelhante, mas mais restrito: a bolsa é de 400 reais e a renda familiar de um salário mínimo e meio por pessoa, metade do limite que o seu projeto estabelece. 

(Paulo Paim) Eu comecei a discussão há oito anos. E foi pauta da minha última campanha ao Senado, um compromisso com o povo do Rio Grande, com o povo brasileiro. Porque eu entendia que só a política de quotas não resolvia. A política de quotas é importante, mas como é que o aluno que não tem dinheiro pro ônibus, pra roupa, pro livro, pra poder pagar até um aluguel ou mesmo uma república, vai viver? 

(Repórter) O relator, Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, argumentou ainda que alunos que abandonam o curso prejudicam outros candidatos à vaga, que ficaram para trás no vestibular ou no Enem. 

(Randolfe Rodrigues) A evasão constitui um sério problema da educação superior brasileira. No setor privado, o fator predominante é a dificuldade de arcar com o pagamento das mensalidades escolares. No setor público, as causas mais comuns de abandono são o despreparo para acompanhar os estudos universitários, a decepção com o curso escolhido e a falta de recursos para a aquisição de material didático, bem como para o pagamento de transporte, alimentação e moradia. 

(Repórter) De acordo com a proposta, o aluno será desligado do programa se reprovar em duas ou mais matérias em um semestre, não cumprir as vinte horas de estágio ou trancar a matrícula.
13/08/2014, 07h42 - ATUALIZADO EM 13/08/2014, 07h42
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