CAS debaterá implantação de autoatendimento nos postos de combustíveis — Rádio Senado

CAS debaterá implantação de autoatendimento nos postos de combustíveis

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO VAI DEBATER A IMPLANTAÇÃO DO AUTOATENDIMENTO NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS. 

LOC: O MODELO DE “SELF SERVICE” É ADOTADO POR VÁRIOS PAÍSES, MAS É PROIBIDO NO BRASIL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: No modelo de autoatendimento, comum nos postos de gasolina nos Estados Unidos e em vários países da Europa, não há frentista; é o próprio motorista quem abastece o seu carro. O pagamento é feito em uma loja de conveniência ou na própria bomba, quando ela aceita cartão de débito e crédito. No Brasil, já houve uma tentativa de implantação do self service em postos na década de 90. Mas não houve redução nos preços dos combustíveis e a iniciativa recebeu forte resistência dos sindicatos. A Federação Nacional dos Frentistas estima que existam hoje no País cerca de 500 mil trabalhadores, e defende que o autoatendimento causaria o desemprego em massa. O modelo acabou questionado na Justiça e, em 2000, o Congresso aprovou uma lei proibindo em definitivo o autoatendimento. O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, acredita no entanto que a proibição ao autosserviço deve ser reavaliada pelo Legislativo. 

(Paulo Davim) Pra que a gente possa promover uma discussão sobre a lei que dispõe sobre a fiscalização de atividade relativa ao abastecimento nacional de combustível. O objetivo principal dessa audiência pública é discutirmos essa questão de autoatendimento nos postos de gasolina. É algo que no mundo inteiro já se pratica. Eu me lembro que, quando foram implantados caixas de autoatendimento nos bancos, gerou uma polêmica terrível, e hoje em dia trouxe muito benefício e agilidade no atendimento à sociedade. 

(Repórter) Além do desemprego, outro argumento usado contra o autoatendimento nos postos foi o da segurança dos consumidores. Isso porque combustíveis como gasolina e álcool têm substâncias voláteis prejudiciais à saúde, e por isso seria preciso treinamento especial para seu manuseio. Essas e outras questões deverão ser respondidas na audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais.
12/08/2014, 04h39 - ATUALIZADO EM 12/08/2014, 04h39
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