CAS aprova regulamentação da profissão de aeronauta — Rádio Senado

CAS aprova regulamentação da profissão de aeronauta

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO APROVOU UM PROJETO QUE REGULAMENTA A JORNADA DOS TRABALHADORES DA AVIAÇÃO, COMO PILOTOS, COMISSÁRIOS E MECÂNICOS DE VOO. 

LOC: SE A PROPOSTA NÃO RECEBER NOVAS SUGESTÕES ATÉ A PRÓXIMA REUNIÃO DA COMISSÃO, SERÁ CONFIRMADA E ENVIADA PARA A ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(Repórter) O projeto cria regras para folgas e escalas de trabalho dos aeronautas, e limites de tempo de voo e de pousos permitidos por jornada. São considerados aeronautas piloto e co-piloto, mecânicos de voo e comissários de bordo. O número de folgas mensais sobe de oito para 12 em geral ou dez na alta temporada, de dezembro a fevereiro e em julho. O relator, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que enquanto a maioria dos trabalhadores tem 119 folgas por ano – 102 nos fins de semanas e 17 feriados – os trabalhadores da aviação têm somente 96. Ele destacou que o objetivo maior do projeto é aumentar a segurança nos voos, tanto para os tripulantes como para os passageiros. 

(Paulo Paim) Pesquisas recentes demonstram que a maioria dos acidentes aéreos estão relacionados à falha humana e que grande parte tem a fadiga como fator contribuinte. 78% dos erros cometidos por pilotos estão diretamente relacionados à fadiga. Ressalte-se que a profissão de piloto é considerada a quarta mais estressante do mundo, fato que aumenta a preocupação com as condições de trabalho desses profissionais, responsáveis pela segurança dos passageiros. 

(Repórter) A proposta também fixa a remuneração para o profissional à disposição da empresa em atividades de solo, como treinamentos, cursos de reciclagem e horas de sobreaviso, que serão pagas como horas de voo, no valor de um terço da hora normal. Para elaborar o texto, Paim ouviu trabalhadores e empresários do setor de aviação. O relatório inclui ainda segmentos como aviação agrícola, táxi aéreo, instrutores de escolas e serviços aéreos especializados, hoje excluídos pela lei atual, que aborda somente a aviação comercial.
13/06/2014, 06h42 - ATUALIZADO EM 13/06/2014, 06h42
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