Comissão debate deficiência na execução de projetos e obras de engenharia — Rádio Senado

Comissão debate deficiência na execução de projetos e obras de engenharia

LOC: A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DEBATEU HOJE, EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, A DEFICIÊNCIA NA REALIZAÇÃO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA.

LOC: REPRESENTANTES DE ENGENHEIROS FALARAM SOBRE AS DIFICULDADES QUE ENFRENTAM ENQUANTO DIRETORES DO DNIT, O DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES, ELOGIARAM O RDC, REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.

TÉC: O diretor-financeiro da Federação Nacional dos Engenheiros, Florentino Filho e o ex-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Wilson Lang, reclamaram das condições de trabalho e de remuneração da profissão. Wilson Lang pediu ainda menos burocracia nos empreendimentos, mais autonomia para os conselhos profissionais e recursos para auxiliar no aprimoramento de quem trabalha com engenharia.

(LANG): os senhores poderiam propor ou sugerir uma lei gerando condições para que esses órgãos como o DNIT, ANTT pudessem ter recursos para uma formação continuada. Porque uma formação continuada em educação à distância ajudaria muito. Não precisa trazer gente do Brasil inteiro para Brasília. Dá aula lá em Cruzeiro do Sul, sem nenhum problema. E a qualidade do ensino à distância quando muito bem feita é muito melhor que a presencial.

(REPÓRTER): O diretor-geral do DNIT, General Jorge Fraxe, lamentou que muitos engenheiros, ao sair da faculdade, dão preferência para empregos em escritórios. Segundo ele é no campo, sujando as mãos, que eles vão complementar a formação e garantir mais qualidade às obras de que o Brasil necessita. Já o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, apontou que o mercado é muito restrito.

(FLEXA): Eu acredito que tá faltando engenheiro mas empresas também. Não só engenheiros, porque há uma concentração muito grande num leque de 5 ou 6 empresas e aí há a necessidade de mais empresas em todas as regiões do país.

(REPÓRTER): O diretor-executivo do Dnit, Tarcísio de Freitas, aproveitou o debate para elogiar o RDC, Regime Diferenciado de Contratações. Tarcísio destacou que os melhores projetistas não participam das licitações tradicionais, regidas pela lei Oito-meia-meia-meia que privilegiam o preço em detrimento de capacidade técnica.

(TARCÍSIO): Só sabe o quanto o RDC é bom quem tá no Executivo fazendo licitação. Quem fez 8.666 e tá fazendo RDC. A quantidade de ferramentas interessantes que o RDC trouxe para a gestão pública, seja no compartilhamento de risco, trazendo as seguradoras pra dentro do processo, eliminando a revisão de projetos em fase de obras, contribuindo para a compressão dos cronogramas. As obras licitadas pelo DNIT no RDC, sem pendências ambientais, todas, sem exceção, estão com os cronogramas adiantados.

(REPÓRTER): O RDC veio em 2011 para facilitar as obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas. O Regime Diferenciado de Contratações também é aplicável a obras do PAC, hospitais e escolas, e há vários projetos em análise no Congresso para ampliar o alcance do RDC.
21/05/2014, 01h11 - ATUALIZADO EM 21/05/2014, 01h11
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