CDH aprova troca do nome de ala do Senado para Luís Carlos Prestes
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APROVA A TROCA DO NOME DE ALA DO SENADO DE "FILINTO MÜLLER" PARA LUÍS CARLOS PRESTES.
LOC: FILINTO MÜLLER CHEFIOU A POLÍCIA POLÍTICA DURANTE A DITADURA VARGAS, E TEVE ENVOLVIMENTO DIRETO NA EXTRADIÇÃO DE OLGA BENÁRIO PARA O REGIME NAZISTA ALEMÃO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
(Repórter) Figura controversa de nossa história, o ex-senador Filinto Müller representou durante 4 mandatos o estado de Mato Grosso, tendo falecido em 1973. Celebrizou-se por ter chefiado a polícia política durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, quando teve participação decisiva na extradição da militante comunista alemã Olga Benário, grávida, para a Alemanha nazista em 1936, onde acabou morta em um campo de concentração. Também pairam sobre Müller inúmeras acusações de torturas e mortes de prisioneiros políticos durante este período. Por causa desta situação há vários anos diversas iniciativas de senadores procuram alterar o nome da Ala Filinto Müller do Senado, batizada durante o regime militar após sua morte, e a Comissão de Direitos Humanos acaba de aprovar o projeto da presidente da Comissão, senadora Ana Rita do PT do Espírito Santo, que muda a denominação da ala para Luís Carlos Prestes, histórico militante comunista que também foi senador e é o pai de Anita Leocádia, nascida de seu relacionamento com Olga. A iniciativa teve o apoio entre outros do senador João Capiberibe do PSB do Amapá, torturado durante o último regime militar.
(João Capiberibe) Diariamente pra mim chegar ao meu gabinete de trabalho, eu tenho que passar pela ala Filinto Müller. E diariamente eu lembro das torturas que eu sofri. Então eu peço aos senadores que me evitem este constrangimento. É doloroso todos os dias você subir aquela escada e ver o nome de Filinto Müller sendo homenageado, um torturador.
(Repórter) A iniciativa ainda deve ter a aprovação da Comissão Diretora da Casa para que possa ser adotada.
LOC: FILINTO MÜLLER CHEFIOU A POLÍCIA POLÍTICA DURANTE A DITADURA VARGAS, E TEVE ENVOLVIMENTO DIRETO NA EXTRADIÇÃO DE OLGA BENÁRIO PARA O REGIME NAZISTA ALEMÃO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
(Repórter) Figura controversa de nossa história, o ex-senador Filinto Müller representou durante 4 mandatos o estado de Mato Grosso, tendo falecido em 1973. Celebrizou-se por ter chefiado a polícia política durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, quando teve participação decisiva na extradição da militante comunista alemã Olga Benário, grávida, para a Alemanha nazista em 1936, onde acabou morta em um campo de concentração. Também pairam sobre Müller inúmeras acusações de torturas e mortes de prisioneiros políticos durante este período. Por causa desta situação há vários anos diversas iniciativas de senadores procuram alterar o nome da Ala Filinto Müller do Senado, batizada durante o regime militar após sua morte, e a Comissão de Direitos Humanos acaba de aprovar o projeto da presidente da Comissão, senadora Ana Rita do PT do Espírito Santo, que muda a denominação da ala para Luís Carlos Prestes, histórico militante comunista que também foi senador e é o pai de Anita Leocádia, nascida de seu relacionamento com Olga. A iniciativa teve o apoio entre outros do senador João Capiberibe do PSB do Amapá, torturado durante o último regime militar.
(João Capiberibe) Diariamente pra mim chegar ao meu gabinete de trabalho, eu tenho que passar pela ala Filinto Müller. E diariamente eu lembro das torturas que eu sofri. Então eu peço aos senadores que me evitem este constrangimento. É doloroso todos os dias você subir aquela escada e ver o nome de Filinto Müller sendo homenageado, um torturador.
(Repórter) A iniciativa ainda deve ter a aprovação da Comissão Diretora da Casa para que possa ser adotada.
