Anibal propõe que um terço das vagas no Senado seja reservada para mulheres — Rádio Senado

Anibal propõe que um terço das vagas no Senado seja reservada para mulheres

LOC: NA TENTATIVA DE AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA POLÍTICA, O SENADOR ANÍBAL DINIZ PROPÔS QUE UM TERÇO DAS VAGAS AO SENADO FEDERAL SEJA RESERVADA PARA MULHERES.
 
LOC: HOJE, ELAS OCUPAM MENOS DE DEZ POR CENTO DOS CARGOS NO CONGRESSO NACIONAL. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM. 

(Repórter) Um projeto apresentado pelo senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, pretende reservar um terço das vagas ao Senado Federal para candidaturas femininas. Para isso, quando houver a renovação dos mandatos de dois senadores, um deles será obrigatoriamente destinado à elas. A proposta visa ainda alterar a lei que reserva apenas trinta por cento de vagas políticas para mulheres. O senador espera que a medida já seja utilizada nas eleições de dois mil e dezoito e acredita que, assim, a política brasileira terá mais equilíbrio e democracia.

(Anibal Diniz) Há, de fato, a necessidade de as mulheres ocuparem mais e mais espaços de poder. Incentivar a criar meios para a maior participação política feminina é, sem dúvida, um passo adiante no fortalecimento de uma realidade política mais equilibrada e democrática.
 
(Repórter) Atualmente, as mulheres ocupam nove por cento das cadeiras do Congresso Nacional. Na Câmara Federal, elas são apenas quarenta e cinco em um universo de quinhentos e treze deputados. No Senado, dos oitenta um parlamentares, dez são mulheres. Esses dados mostram que o Brasil está atrás de países que sequer possuem reservas de vagas, como explica Aníbal Diniz.

(Anibal Diniz) Esse resultado situa o Brasil nas últimas posições no ranking mundial de participação feminina, abaixo de vários países que não adotam reservas de vagas ou de candidaturas para mulheres e abaixo, inclusive, de países com histórico significativo de restrições aos direitos civis e direitos políticos das mulheres. 

(Repórter) Aníbal Diniz afirmou ainda que a escassa participação feminina na política não representa o protagonismo das mulheres na sociedade, pois elas são a maioria da população e do eleitorado e já representam quarenta por cento da força de trabalho ativo. O projeto ainda vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça, antes de ir à votação no Plenário.
28/04/2014, 04h25 - ATUALIZADO EM 28/04/2014, 04h25
Duração de áudio: 02:08
Ao vivo
00:0000:00