Comissão temporária poderá discutir situação de presídios maranhenses — Rádio Senado

Comissão temporária poderá discutir situação de presídios maranhenses

LOC: A COMISSÃO DO SENADO QUE ANALISA PROPOSTAS NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA PODE PRORROGAR OS TRABALHOS E DISCUTIR A SITUAÇÃO DOS PRESÍDIOS NO MARANHÃO.

LOC: É O QUE VAI PROPOR O RELATOR DA COMISSÃO, SENADOR PEDRO TAQUES, QUE CONVERSOU NESTA SEXTA-FEIRA COM A RÁDIO SENADO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:  

TÉC: "Barbaridade". É o que pensa o senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, sobre as condições do sistema penitenciário do Maranhão, em especial do Complexo de Pedrinhas, em São Luís, onde mais de 60 detentos foram assassinados desde o início de 2013. Ex-procurador da República, Taques é o relator da Comissão Temporária do Senado que analisa propostas na área de segurança: 

(TAQUES) Essa situação no Maranhão mostra uma vergonha nacional: a República Federativa do Brasil condenada em entidades internacionais por ofensa à dignidade da pessoa humana. Aliás, o Conselho Nacional de Justiça, de há muito – desde 2008, 2009 –, já havia dado conta dessa verdadeira barbaridade que está a ocorrer no Maranhão. 

(REPÓRTER) Pedro Taques anunciou que vai esperar a volta dos trabalhos do Congresso, no começo de fevereiro, para discutir, dentro da Comissão Temporária de Segurança Pública, a situação dos presídios maranhenses: (TAQUES) Vou buscar algum encaminhamento neste sentido, mas eu não posso tomar nenhuma decisão como relator sem ouvir os demais membros da comissão. 

(REPÓRTER) A comissão foi criada em outubro do ano passado e tem até 9 de fevereiro para concluir os trabalhos. O senador Pedro Taques, no entanto, avisa que o grupo precisa de mais tempo: 

(TAQUES) Eu, como relator, já pedi isso no ano passado e tenho certeza de que será prorrogado. 

(REPÓRTER) O Ministério da Justiça anunciou um plano emergencial para conter a violência dentro e fora dos presídios no Maranhão. Estão entre as medidas o envio para o estado de mais tropas da Força Nacional, a remoção de presos para penitenciárias federais e um mutirão de defensores públicos para avaliar a situação dos detentos.
10/01/2014, 11h11 - ATUALIZADO EM 10/01/2014, 11h11
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