CAE realizou cerca de quarenta audiências públicas em 2013
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS REALIZOU CERCA DE QUARENTA AUDIÊNCIAS PÚBLICAS EM 2013.
LOC: REPRESENTANTES DO GOVERNO, PESQUISADORES E PROFISSIONAIS DO MERCADO, ENTRE OUTROS, AUXILIARAM OS SENADORES A TOMAR DECISÕES SOBRE PROJETOS EM ANÁLISE NA CASA E A PENSAR A ECONOMIA NO LONGO PRAZO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
(Repórter) As audiências foram sobre as relações comerciais e o financiamento da infraestrutura e a integração social e política da América do Sul; perspectivas para a economia; setor industrial; desoneração tributária; dívidas dos estados, pré-sal, preços de passagens aéreas e planos e seguros de saúde. Os senadores ainda ouviram autoridades, como o ministro da Economia, Guido Mantega, e os presidentes da Petrobras, do Cade e do Banco Central. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, aproveitou a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para criticar a política de incentivo ao consumo empreendida pelo governo.
(Cristovam Buarque) O incentivo a venda de automóveis e outros produtos que trazem um bem-estar para o presente, sem dúvida alguma, uma realização no presente, mas vai dificultar o futuro por uma redução da poupança. Dito de outra maneira, a sensação que a gente tem é que a política do governo vai contra essa visão de aumento da poupança e está comprometida pelo consumo imediato.
(Repórter) As votações de propostas como a redução do ICMS em operações interestaduais, o Reitup, regime especial de incentivos para o transporte coletivo e a distribuição de recursos do FPE também foram precedidas por debates na Comissão de Assuntos Econômicos. O colegiado ainda promoveu seminários para discutir temas de longo prazo. O professor do Departamento de Economia da USP, Ricardo Abramovay, alertou os senadores que o brasileiro gasta 18% da sua renda com automóveis e o trânsito engarrafado de São Paulo custa 40 bilhões de reais por ano. Abramovay questionou se não é hora de mudar o foco da política tributária.
(Abramovay) Dizer que vamos crescer produzindo mais automóveis, e isso é fantástico para o país, tem alguma coisa de muito errado com isso. No entanto oferecemos subsídios, sob a forma de desonerações aos automóveis.
(Repórter) Em outro seminário, economistas de três grandes bancos apontaram a inflação e a falta de controle nos gastos públicos como os maiores entraves para o crescimento contínuo da economia. Pesquisadores da UnB e do Ipea ouvidos na CAE ainda reclamaram que a taxa de investimento do Brasil é pequena se comparada a de outros países emergentes, apesar de termos uma carga tributária de país rico.
LOC: REPRESENTANTES DO GOVERNO, PESQUISADORES E PROFISSIONAIS DO MERCADO, ENTRE OUTROS, AUXILIARAM OS SENADORES A TOMAR DECISÕES SOBRE PROJETOS EM ANÁLISE NA CASA E A PENSAR A ECONOMIA NO LONGO PRAZO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
(Repórter) As audiências foram sobre as relações comerciais e o financiamento da infraestrutura e a integração social e política da América do Sul; perspectivas para a economia; setor industrial; desoneração tributária; dívidas dos estados, pré-sal, preços de passagens aéreas e planos e seguros de saúde. Os senadores ainda ouviram autoridades, como o ministro da Economia, Guido Mantega, e os presidentes da Petrobras, do Cade e do Banco Central. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, aproveitou a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para criticar a política de incentivo ao consumo empreendida pelo governo.
(Cristovam Buarque) O incentivo a venda de automóveis e outros produtos que trazem um bem-estar para o presente, sem dúvida alguma, uma realização no presente, mas vai dificultar o futuro por uma redução da poupança. Dito de outra maneira, a sensação que a gente tem é que a política do governo vai contra essa visão de aumento da poupança e está comprometida pelo consumo imediato.
(Repórter) As votações de propostas como a redução do ICMS em operações interestaduais, o Reitup, regime especial de incentivos para o transporte coletivo e a distribuição de recursos do FPE também foram precedidas por debates na Comissão de Assuntos Econômicos. O colegiado ainda promoveu seminários para discutir temas de longo prazo. O professor do Departamento de Economia da USP, Ricardo Abramovay, alertou os senadores que o brasileiro gasta 18% da sua renda com automóveis e o trânsito engarrafado de São Paulo custa 40 bilhões de reais por ano. Abramovay questionou se não é hora de mudar o foco da política tributária.
(Abramovay) Dizer que vamos crescer produzindo mais automóveis, e isso é fantástico para o país, tem alguma coisa de muito errado com isso. No entanto oferecemos subsídios, sob a forma de desonerações aos automóveis.
(Repórter) Em outro seminário, economistas de três grandes bancos apontaram a inflação e a falta de controle nos gastos públicos como os maiores entraves para o crescimento contínuo da economia. Pesquisadores da UnB e do Ipea ouvidos na CAE ainda reclamaram que a taxa de investimento do Brasil é pequena se comparada a de outros países emergentes, apesar de termos uma carga tributária de país rico.
