Escolha de caça sueco é bem recebida pelos senadores — Rádio Senado

Escolha de caça sueco é bem recebida pelos senadores

LOC: A DECISÃO DO GOVERNO BRASILEIRO DE COMPRAR 36 CAÇAS SUPERSÔNICOS GRIPEN, DA SUÉCIA, FOI BEM RECEBIDA PELOS SENADORES. 

LOC: O PROCESSO DE ESCOLHA COMEÇOU AINDA EM 1995, NO PRIMEIRO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. OS NOVOS AVIÕES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA DEVEM SUBSTITUIR OS CAÇAS MIRAGES, DE FABRICAÇÃO FRANCESA, JÁ VOANDO NO SEU LIMITE DE VIDA ÚTIL, QUE SE ESGOTA EM JANEIRO DE 2014. 

(Repórter) O governo Brasileiro anunciou a compra do caça sueco Gripen, da SAAB, para a Força Aérea Brasileira. Nesta última etapa Nessa última fase da escolha, o modelo venceu a disputa com o F-18, da Boeing norte-americana e o Rafale, da Dassault francesa. O senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, que é o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, elogiou a decisão.  

(Ricardo Ferraço) E se essa foi a decisão, da Força Aérea Brasileira, é porque considerou variáveis que são absolutamente importantes, como a performance do equipamento, o custo de aquisição também, o custo de conservação e de manutenção desses equipamentos, questões geopolíticas a transferência de tecnologia, para que nosso país possa ter domínio do ciclo completo, ou seja para inclusive esses equipamentos possam ser produzidos aqui no Brasil em parceria com a Embraer, que é uma empresa nacional, que tem tecnologia conhecida para construção desse tipo de parceira.  

(Repórter) Por sua vez, o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, lembrou que o projeto original da Força Aérea Brasileira era projetar e construir o próprio caça supersônico nacional. No entanto, os sucessivos cancelamentos e cortes de investimentos levaram o Brasil a somente agora comprar um avião que poderia ter sido desenvolvido aqui: 

(Cristovam) “O que eu lamento é que nesses 15 anos, se não me engano, em que se discutiu qual caça a comprar, se tivéssemos feito um bom investimento, cuidado, hoje esses caças seriam brasileiros. A Embraer teria condições, o Centro Tecnológico da Aeronáutica, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica - o ITA - juntos com apoio do governo, da indústria nacional, hoje o Brasil seria exportador de caças e não importador como estamos sendo. Em vez de ficarmos tanto tempo discutindo se o avião seria sueco, francês ou americano, hoje a gente já poderia estar disputando com esses três como o quarto país exportador de caças. Mais uma vez deixamos para trás a chance de sermos grande.  

(Repórter) Entre os três concorrentes, o sueco Gripen era o caça de menor custo e que segundo o relatório da Força Aérea Brasileira, apresentava a melhor parceria com desenvolvimento comum e transferência de tecnologia.
19/12/2013, 06h56 - ATUALIZADO EM 19/12/2013, 06h56
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