Cardozo nega motivação política nas investigações do Caso Siemens
LOC: O MINISTRO DA JUSTIÇA, JOSÉ EDUARDO CARDOZO, NEGOU EM AUDIÊNCIA NO SENADO QUE HAJA MOTIVAÇÃO POLÍTICA POR TRÁS DAS INVESTIGAÇÕES DO CASO SIEMENS.
LOC: ELE PARTICIPOU DE DEBATE NESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. SAIBA MAIS COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: A Siemens é investigada por cartel e suposto pagamento de suborno a funcionários do governo de São Paulo em contratos do metrô e do sistema de trens. A denúncia atinge principalmente o PSDB, que governa o estado desde 1995, e por isso o partido acusa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de agir politicamente, antecipando a campanha eleitoral do ano que vem. Foi para explicar os procedimentos nessa investigação que o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, pediu a vinda do ministro à Comissão de Constituição e Justiça. O senador disse que se sentiu atingido pelo vazamento de informações da investigação, já que ele foi citado em um documento que não estava na investigação inicial, que ele diz ser falso.
(Aloysio Nunes Ferreira) Eu me senti atingido. Por um vazamento de um documento cuja autoria não sei se já foi esclarecida. Cujo suposto autor renegou em todo ou em parte o documento. E no entanto meu nome está lá. E foi pro Jornal Nacional, foi pro Estado de São Paulo. Eu creio que eu fui mais ofendido que vossa excelência nesse caso. Eu fiquei com um carimbo ruim.
(Repórter) Aloysio Nunes disse que o ministro da Justiça foi imprudente ao encaminhar um documento apócrifo, ou seja, sem assinaturas, para a Polícia Federal. Cardozo respondeu que apenas cumpriu seu papel, e que a autoria do documento está sendo investigada.
(José Eduardo Cardoso) Não cabe ao ministro ter juízo de valor sobre as denúncias que recebe. Ele não pode dizer: "nesse caso eu mando, nesse caso eu não mando". Eu tenho que cumprir a lei porque a lei é igual pra todos. Se eu recebesse algo da minha família, eu teria que fazê-lo, ou então deixo o cargo. Não posso nem dizer: isso aqui pode ser falso, ou o indivíduo está querendo um cargo. Não cabe a mim, cabe à Polícia Federal investigar. E mais, investigar a autoria também.
(Repórter) José Eduardo Cardozo lembrou que existe uma investigação sobre o assunto desde 2008, por iniciativa da própria Siemens. Parte dos documentos da investigação teriam sido entregues à Polícia Federal por um ex-executivo da empresa, Everton Rheinheimer. Outro, pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro, do PT paulista. Cardozo disse que diferenças entre a versão em português e a em inglês – que não menciona o PSDB – são porque eram documentos diferentes. Um dirigido à Siemens e outro à Polícia Federal.
LOC: ELE PARTICIPOU DE DEBATE NESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. SAIBA MAIS COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: A Siemens é investigada por cartel e suposto pagamento de suborno a funcionários do governo de São Paulo em contratos do metrô e do sistema de trens. A denúncia atinge principalmente o PSDB, que governa o estado desde 1995, e por isso o partido acusa o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de agir politicamente, antecipando a campanha eleitoral do ano que vem. Foi para explicar os procedimentos nessa investigação que o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, pediu a vinda do ministro à Comissão de Constituição e Justiça. O senador disse que se sentiu atingido pelo vazamento de informações da investigação, já que ele foi citado em um documento que não estava na investigação inicial, que ele diz ser falso.
(Aloysio Nunes Ferreira) Eu me senti atingido. Por um vazamento de um documento cuja autoria não sei se já foi esclarecida. Cujo suposto autor renegou em todo ou em parte o documento. E no entanto meu nome está lá. E foi pro Jornal Nacional, foi pro Estado de São Paulo. Eu creio que eu fui mais ofendido que vossa excelência nesse caso. Eu fiquei com um carimbo ruim.
(Repórter) Aloysio Nunes disse que o ministro da Justiça foi imprudente ao encaminhar um documento apócrifo, ou seja, sem assinaturas, para a Polícia Federal. Cardozo respondeu que apenas cumpriu seu papel, e que a autoria do documento está sendo investigada.
(José Eduardo Cardoso) Não cabe ao ministro ter juízo de valor sobre as denúncias que recebe. Ele não pode dizer: "nesse caso eu mando, nesse caso eu não mando". Eu tenho que cumprir a lei porque a lei é igual pra todos. Se eu recebesse algo da minha família, eu teria que fazê-lo, ou então deixo o cargo. Não posso nem dizer: isso aqui pode ser falso, ou o indivíduo está querendo um cargo. Não cabe a mim, cabe à Polícia Federal investigar. E mais, investigar a autoria também.
(Repórter) José Eduardo Cardozo lembrou que existe uma investigação sobre o assunto desde 2008, por iniciativa da própria Siemens. Parte dos documentos da investigação teriam sido entregues à Polícia Federal por um ex-executivo da empresa, Everton Rheinheimer. Outro, pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro, do PT paulista. Cardozo disse que diferenças entre a versão em português e a em inglês – que não menciona o PSDB – são porque eram documentos diferentes. Um dirigido à Siemens e outro à Polícia Federal.
