Rede de proteção à criança em situação de risco é falha — Rádio Senado

Rede de proteção à criança em situação de risco é falha

LOC: A FALTA DE ARTICULAÇÃO ENTRE OS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS COMPROMETE O ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RISCO.
 
LOC: A REALIDADE DO CUIDADO COM A PRIMEIRA INFÂNCIA FOI DEBATIDA NESTA QUINTA-FEIRA NO SENADO. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS: 

(Repórter) A rede de proteção à criança no Brasil está desprotegida. A conclusão da psicóloga Shyrlene Brandão, da Universidade Católica de Brasília, veio depois de uma pesquisa sobre o atendimento à criança em abrigos na capital do país. O Distrito Federal tem cerca de 400 meninos e meninas acolhidos em 18 instituições. No Brasil, são 40 mil crianças nessa situação. Segundo Shyrlene Brandão, falta, em primeiro lugar, articulação entre os órgãos, como casas de abrigo, varas da infância, escola e polícia. Além disso, segundo a pesquisadora, a burocracia é outro entrave para dar a essa criança o acolhimento necessário para superar os problemas impostos pela falta do afeto na primeira infância. Mais da metade dessas crianças tem pais envolvidos com álcool ou drogas. Falta ainda o trabalho com a família para buscar a reaproximação entre pais e filhos. Para o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, que apresentou o debate, é necessário atacar os problemas a partir do resultado dessas pesquisas e montar um sistema que unifique as informações de cada menor acolhido. Rollemberg também pediu uma ação nacional nessa área.
 
(Rodrigo Rollemberg)  Se essa é uma carência, uma situação com esse nível de gravidade na capital do país, imagina no interior do Norte ou do Nordeste. Portanto o estado brasileiro, isso não pode ser uma política de um só governo, tem que ser política de estado, tem que entender que o melhor investimento que pode fazer na pessoa humana é na primeira infância.

(Repórter) O painel sobre o acolhimento de crianças fez parte da sexta "Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz", evento organizado pelo Senado. A lei que instituiu essa semana no calendário nacional, desde 2008, partiu do senador Pedro Simon, do PMDB gaúcho.
21/11/2013, 04h10 - ATUALIZADO EM 21/11/2013, 04h10
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