Renan quer votar projeto que anula sessão que tirou Goulart da Presidência
LOC: O PRESIDENTE DO SENADO QUER VOTAR NA PRÓXIMA SEMANA PROJETO QUE DECLARA NULA A SESSÃO QUE TIROU JOÃO GOULART DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
LOC: OS SENADORES AVALIAM QUE A PROPOSTA VAI REESCREVER A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BRASIL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) No projeto de decreto legislativo, os senadores Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, e Pedro Simon, do PMDB gaúcho, pedem a anulação da sessão do dia primeiro de abril de 1964, que destituiu o então presidente da República, João Goulart. Randolfe explicou que o então presidente do Congresso Nacional, senador Áureo de Moura Andrade, violou a Constituição ao declarar vago o cargo de Jango, que estava em território brasileiro e não no exterior, como alegaram os militares para legitimarem o golpe. Segundo o senador, o objetivo do projeto é declarar ilegal a ditadura, que durou de 1964 a 1985.
(Randolfe Rodrigues) Anulando aquela sessão, anula-se a eleição arbitrária de Castello Branco e todos os atos seguintes do regime autoritário de 1964. E a Ditadura para a ser o que de fato o que foi um ato de força, um ato de ditadura para que nunca mais aconteça na história nacional.
(Repórter) O senador Pedro Simon afirmou que o projeto reescreve a história política do País.
(Pedro Simon) Escreve a verdadeira história, alternando a página falsa que hoje tem na nossa história. Essa sessão será nula, quer dizer, não existiu, não teve validade. Então, qualquer aparência de legalidade que queiram dar é falsa. O que houve foi um golpe violento e estúpido e que o Brasil pagou um preço muito caro.
(Repórter) Ao receber o projeto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, marcou a votação para o dia 19. Para ele, a proposta vai redimir o Congresso Nacional do que chamou de episódio fatídico.
(Renan Calheiros) Acho uma oportunidade para que possamos eliminar da história do Brasil essa mancha. A exemplo do que fizemos simbolicamente devolvendo o mandato de Luiz Carlos Prestes, deveremos anular essa fatídica sessão do dia 1º de abril que declarou vago o cargo de presidente da República com João Goulart em solo brasileiro.
(Repórter) Em maio deste ano, o Senado devolveu o mandato de Luiz Carlos Prestes, cassado pelos próprios colegas após a justiça eleitoral ter cancelado o registro do Partido Comunista. E, em dezembro de 2012, oito senadores cassados pelo Ato Institucional número 5, entre eles, o de Juscelino Kubistchek, também tiveram os mandatos devolvidos.
LOC: OS SENADORES AVALIAM QUE A PROPOSTA VAI REESCREVER A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BRASIL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) No projeto de decreto legislativo, os senadores Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, e Pedro Simon, do PMDB gaúcho, pedem a anulação da sessão do dia primeiro de abril de 1964, que destituiu o então presidente da República, João Goulart. Randolfe explicou que o então presidente do Congresso Nacional, senador Áureo de Moura Andrade, violou a Constituição ao declarar vago o cargo de Jango, que estava em território brasileiro e não no exterior, como alegaram os militares para legitimarem o golpe. Segundo o senador, o objetivo do projeto é declarar ilegal a ditadura, que durou de 1964 a 1985.
(Randolfe Rodrigues) Anulando aquela sessão, anula-se a eleição arbitrária de Castello Branco e todos os atos seguintes do regime autoritário de 1964. E a Ditadura para a ser o que de fato o que foi um ato de força, um ato de ditadura para que nunca mais aconteça na história nacional.
(Repórter) O senador Pedro Simon afirmou que o projeto reescreve a história política do País.
(Pedro Simon) Escreve a verdadeira história, alternando a página falsa que hoje tem na nossa história. Essa sessão será nula, quer dizer, não existiu, não teve validade. Então, qualquer aparência de legalidade que queiram dar é falsa. O que houve foi um golpe violento e estúpido e que o Brasil pagou um preço muito caro.
(Repórter) Ao receber o projeto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, marcou a votação para o dia 19. Para ele, a proposta vai redimir o Congresso Nacional do que chamou de episódio fatídico.
(Renan Calheiros) Acho uma oportunidade para que possamos eliminar da história do Brasil essa mancha. A exemplo do que fizemos simbolicamente devolvendo o mandato de Luiz Carlos Prestes, deveremos anular essa fatídica sessão do dia 1º de abril que declarou vago o cargo de presidente da República com João Goulart em solo brasileiro.
(Repórter) Em maio deste ano, o Senado devolveu o mandato de Luiz Carlos Prestes, cassado pelos próprios colegas após a justiça eleitoral ter cancelado o registro do Partido Comunista. E, em dezembro de 2012, oito senadores cassados pelo Ato Institucional número 5, entre eles, o de Juscelino Kubistchek, também tiveram os mandatos devolvidos.
