CCT vai discutir a adoção do voto impresso — Rádio Senado

CCT vai discutir a adoção do voto impresso

LOC: A COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA VAI DISCUTIR NESTA TERÇA-FEIRA A ADOÇÃO DO VOTO IMPRESSO. 

LOC: UM PROJETO EM ANÁLISE NA COMISSÃO ANULA A IMPLANTAÇÃO DA IMPRESSÃO A PARTIR DE 2014. E O RELATOR QUER SABER A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: A implantação do voto impresso nas urnas eletrônicas é uma medida que sofreu várias reviravoltas ao longo da última década. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou uma mudança na Lei das Eleições para que já em 2004 a urna eletrônica permitisse a impressão do voto, a conferência pelo eleitor, sem contato manual, e o arquivamento do comprovante impresso. No ano seguinte, em 2003, uma nova lei, de autoria do então senador Eduardo Azeredo, foi aprovada acabando com essa previsão. Em 2009, outra norma foi instituída estabelecendo que o voto impresso seja aplicado nas eleições de 2014. E uma nova proposta que exclui novamente a previsão, também de autoria de Azeredo, está sendo analisada pelo Senado. O argumento foi que testes da Justiça Eleitoral mostram que a mudança vai provocar aumento das filas para votação, mais votos nulos e brancos por dificuldade dos eleitores para finalizar o voto, e maior número de urnas com defeito. O relator, senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, resolveu chamar especialistas para esclarecer quais são as dificuldades para a impressão do comprovante, que ele considera um aprimoramento na segurança das eleições. 

(João Capiberibe) Os países que adotaram a urna eletrônica também adotaram o voto impresso. E isso dá muito mais segurança à lisura do pleito e também permite uma auditagem. Eu confesso que eu não entendo porque que há uma resistência ao voto impresso. Se há uma razão de segurança a mais para o eleitor, porque essa resistência? Essa ideia de promover uma audiência pública é porque eu quero entender as razões dessa resistência ao voto impresso. Porque isso é uma novela que já dura décadas. 

(Repórter) O projeto acaba ainda com a possibilidade de voto em trânsito, também previsto na lei aprovada em 2009. A regra dá o direito aos eleitores que estão fora de seu domicílio eleitoral de comparecer às capitais de outros estados para votar para presidente e vice-presidente da República. Eduardo Azeredo justifica que para garantir que um mesmo eleitor não vote em dois estados diferentes, as urnas teriam que ser interligadas. Para ele, os riscos e os custos do voto em trânsito não justificam a implementação.
14/10/2013, 01h23 - ATUALIZADO EM 14/10/2013, 01h23
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