CRE decide parar processo de indicação de embaixador brasileiro na Bolívia — Rádio Senado

CRE decide parar processo de indicação de embaixador brasileiro na Bolívia

LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DECIDIU PARALISAR O PROCESSO DE INDICAÇÃO DO NOVO EMBAIXADOR BRASILEIRO NA BOLÍVIA. 

LOC: OS SENADORES EXIGIRAM O TOTAL ESCLARECIMENTO DO CASO MOLINA POR PARTE DO ITAMARATY. ENTENDA A POLÊMICA NESTA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. 

TEC: O senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco, relator da indicação do diplomata Raimundo Magno para a embaixada brasileira na Bolívia, solicitou a paralisação do processo na Comissão de Relações Exteriores do Senado. O pedido foi acatado e a análise só será retomada depois que o Itamaraty responder a uma série de esclarecimentos, como detalhou Jarbas Vasconcelos. 

(JARBAS VASCONCELOS): Quantas correspondências foram enviadas pelo senhor Eduardo Sabóia ao Ministério de Relações Exteriores sobre o caso do senador boliviano Roger Pinto Molina? Qual o inteiro teor das correspondências enviadas pelo senhor Eduardo Sabóia ao Ministério das Relações Exteriores? Quantas correspondências foram respondidas? 

(REP): As perguntas são todas sobre a fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil. Ele estava asilado na embaixada brasileira em La Paz, mas por falta do Salvo-Conduto do governo da Bolívia, Molina acabou sendo auxiliado pelo diplomata Eduardo Sabóia em sua vinda sem o conhecimento das autoridades diplomáticas de cada país. O episódio provocou um Processo Disciplinar contra Sabóia e a queda do então chanceler Antonio Patriota. O presidente da Comissão, Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, que recebeu Molina em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, também acredita que o Itamaraty precisa esclarecer melhor o caso. A partir de uma sugestão do senador Eduardo Suplicy do PT de São Paulo, Ferraço ainda quer saber se o Ministério das Relações Exteriores teria informações sobre eventuais atividades criminosas de Molina. 

(RICARDO FERRAÇO): O governo brasileiro, o Estado brasileiro e qualquer Estado concede asilo após investigar que se trata de um perseguido político, e não de um criminoso comum. Salta aos olhos o governo brasileiro conceder Asilo Político a um criminoso comum. 

(REP): Segundo Ferraço, este tema deve voltar a ser tratado na visita que a Comissão fará ao novo ministro, Luiz Alberto Figueiredo no Itamaraty, em data ainda a ser agendada. Os senadores também devem discutir com o chanceler as questões envolvendo a espionagem americana no Brasil.
12/09/2013, 01h16 - ATUALIZADO EM 12/09/2013, 01h16
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