Ricardo Ferraço esclarece sua atuação no caso Molina — Rádio Senado

Ricardo Ferraço esclarece sua atuação no caso Molina

LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, RICARDO FERRAÇO, PRESTOU CONTAS DE SUA ATUAÇÃO NO “CASO MOLINA”.

LOC: O SENADOR COLABOROU COM A VINDA DO PARLAMENTAR BOLIVIANO ASILADO PARA O BRASIL. CONFIRA NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.

TÉC: O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, fez parte da comitiva que recebeu no domingo o senador boliviano Roger Molina em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Ele saiu sem a permissão do governo da Bolívia da embaixada brasileira em La Paz, onde estava asilado há quase 500 dias. A operação conduzida pelo diplomata Eduardo Saboia foi feita sem consulta à Presidência da República, o que resultou na saída do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e na abertura de um processo interno contra Saboia. Durante reunião na Comissão de Relações Exteriores, Ferraço prestou contas de sua atuação no episódio

(RICARDO FERRAÇO): A meu ver, o que terá acentuado o sentimento de falta de perspectiva de solução para a situação do senador boliviano na chancelaria brasileira em La Paz foi a impressão de indiferença que infelizmente devo dizer, o Itamaraty permitiu. Isto por si só não desconstrói a realidade de que o senador Roger Pinto Molina havia sido considerado como vítima de perseguição política em seu próprio país pelo governo brasileiro.

(REPÓRTER): O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, considerou humanitária a atitude de Ferraço, porém fez ressalvas à operação como um todo.

(CRISTOVAM BUARQUE): O diplomata Saboia, ele merece sim estar no altar dos heróis, mas não no escritório da diplomacia. O fato que não foi só ele que acompanhou o senador, foram dois militares brasileiros. Então dois soldados brasileiros armados provavelmente cortaram o território boliviano durante um dia inteiro, o que é uma mini-invasão. Eu não gostaria de ver no meu país soldados estrangeiros andando armados, independente de ser ou não pra salvar um senador.

(REPÓRTER): A pedido da senadora Ana Amelia, do PP do Rio Grande do Sul, a Comissão também decidiu participar da Audiência conjunta com outras Comissões que vai discutir a vinda de milhares de médicos cubanos para o Brasil.
29/08/2013, 02h55 - ATUALIZADO EM 29/08/2013, 02h55
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