Líderes poderão decidir quais vetos serão analisados — Rádio Senado

Líderes poderão decidir quais vetos serão analisados

LOC: OS LÍDERES PARTIDÁRIOS PODEM DECIDIR QUAIS VETOS SERÃO APRECIADOS NA SESSÃO DO CONGRESSO NACIONAL. 

LOC: OS SENADORES GOVERNISTAS QUEREM MANTER ALGUNS VETOS PARA EVITAR IMPACTOS NAS CONTAS PÚBLICAS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Apesar de a pauta já estar definida, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, antecipou que os líderes partidários vão definir quais vetos serão apreciados na sessão do Congresso Nacional desta terça-feira. Oficialmente, os deputados e senadores vão decidir se mantêm ou derrubam 167 vetos publicados desde julho. Desde a definição de um prazo de 30 dias para apreciação dos vetos, a presidente Dilma Rousseff convocou aliados para pedir a manutenção de suas decisões em relação às Leis sancionadas. Nessa segunda-feira, em encontro com Renan Calheiros, ela manifestou preocupação com a eventual derrubada de alguns vetos, em especial, ao que acabava com a multa de 10% do FGTS nos casos de demissão sem justa causa. Ela ponderou que se o Congresso rever essa decisão, o governo deixará de contar com R$ 3 bilhões, hoje destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida. Em resposta, Renan Calheiros disse que o Legislativo tem preocupação com as contas públicas, por isso, vai agir com responsabilidade. Mas o presidente do Senado ressaltou que por essa ser a primeira sessão com as novas regras, os líderes partidários poderão escolher quais vetos serão apreciados agora e adiar outros até um acordo. 

(Renan Calheiros) Essa nova apreciação de vetos estabelece também um critério novo para a própria negociação. Os líderes podem pedir a preferência de qualquer matéria ou até mesmo a exclusão. O importante é que o Congresso ajude a debelar crises, ele não pode jogar no sentido de estabelecer confrontos. Cabe ao presidente do Congresso resolvê-los. Estamos dispostos a cumprir esse papel. 

(Repórter) Segundo Renan Calheiros, entre os vetos que podem ter sua apreciação adiada estão o que impede o fim da cobrança da multa do FGTS, que poderá ser extinta gradualmente nos próximos anos, e o que proíbe o repasse da permissão de taxistas para familiares nos casos de morte. 
19/08/2013, 09h26 - ATUALIZADO EM 19/08/2013, 09h26
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