Familiares pedem que PNE mantenha direito de escolher escola de filhos com deficiência — Rádio Senado

Familiares pedem que PNE mantenha direito de escolher escola de filhos com deficiência

LOC: UM GRUPO DE FAMILIARES E ENTIDADES QUE DEFENDEM OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ESTEVE COM A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO NO INICIO DA TARDE DESTA QUARTA-FEIRA.

LOC: ELES PEDIRAM QUE O TEXTO DO PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO MANTENHA O DIREITO DE ESCOLHER A ESCOLA DOS FILHOS. OS DETALHES COM A REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS.

TÉC.: A retirada da palavra “preferencialmente” do texto da meta quatro do Plano Nacional de Educação tem deixado as famílias e as entidades de educação especial preocupadas. A mudança no texto dá a entender que as crianças com deficiência serão matriculadas obrigatoriamente na escola regular e proíbe de forma indireta o repasse de verbas para as entidades como APAEs, Sociedade Pestalozzi e outras instituições que atendem jovens e crianças com algum tipo de deficiência. Para a representante da federação nacional das APAES, Aracy da Silva Ledo, o texto do PNE precisa respeitar as famílias.

(Aracy da Silva Ledo- Apae): Tirar o “preferencialmente” limita a família a dizer ‘eu só posso fazer matricula na escola comum’ e não é isso, a família tem que ter o direito de cidadã de dizer onde quer que o filho vá estudar.

(Repórter): O presidente da comissão de educação senador Cyro Miranda, assegurou as entidades que integram o Fórum Nacional de entidades para pessoas com deficiência que o texto sobre educação especial será respeitado.

(Cyro Miranda): é um compromisso do Congresso Nacional de restabelecer todas as reivindicações feitas por vocês. Tem esse compromisso do nosso relator e da nossa comissão.

(Repórter): o relator do PNE na comissão de Educação Álvaro dias, reforçou o compromisso.

(Álvaro Dias): No relatório que subscreverei estará o texto desejado que foi redigido a muitas mãos por todos vocês na Câmara dos Deputados.

(Repórter): Para os pais que participaram da reunião, o grande problema da inclusão forçada é que muitas crianças com grau avançado de deficiência não tem atenção nem cuidado diferenciado na escola regular, o que pode comprometer o seu desenvolvimento. A mobilização pela garantia da escola especial no PNE trouxe mais de cinco mil pessoas de todas as regiões brasileiras à Brasília. O Plano foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro de 2012, após ter recebido cerca de três mil emendas. 
14/08/2013, 05h17 - ATUALIZADO EM 14/08/2013, 05h17
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