Randolfe e Capiberibe rebatem procedimentos do presidente do conselho
LOC: RANDOLFE RODRIGUES DIZ QUE VAI PEDIR PROCESSO POR QUEBRA DE DECORO CONTRA O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ÉTICA DO SENADO, JOÃO ALBERTO.
LOC: JOÃO ALBERTO ACUSOU RANDOLFE E O COLEGA JOÃO CAPIBERIBE DE TEREM PARTICIPADO DE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO AMAPÁ. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Um processo arquivado em maio pela Procuradoria Geral da República por falsidade documental, mas que continua ativo no Conselho de Ética do Senado, gerou discussão nesta terça-feira em plenário. A denúncia feita pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Fran Júnior, é de que o governador do estado no final da década de 90, o atual senador João Capiberibe, do PSB, distribuía propina a deputados estaduais, entre eles o também hoje senador Randolfe Rodrigues, do Psol. Os dois acusados tentaram, sem sucesso, obter uma resposta sobre o processo no Senado. E Randolfe Rodrigues denunciou ameaças recebidas, segundo ele, por colegas da Casa:
(Randolfe Rodrigues) Não se pode utilizar aqui o espaço do ódio, da vendita privada, eu não vou mais tolerar que esse episódio seja tratado no conchavo e na troca de ofícios, serão tratados às claras. Eu não tenho o que temer, minha vida pública é aberta. Eu fui ameaçado por essa quadrilha na assembléia legislativa do Amapá, fio ameaçado pelo senhor Fran Júnior, fui ameaçado há 14 anos e não aceito ser ameaçado de novo.
(Repórter) O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto, do PMDB do Maranhão, respondeu. Primeiro, disse que deu à denúncia o mesmo tratamento dado a outros processos envolvendo senadores. Depois, afirmou que, para cessar a ação, o documento que traz suposta assinatura de Randolfe Rodrigues dando recibo a pagamentos do governo estadual precisa ser considerado falso pelo Senado:
(João Alberto) Este documento pode estar doendo, mas o que diz aqui só se provar que há falsidade, mas isto aqui está dizendo a verdade, o que está aqui, só se o documento é falso, senão realmente havia um mensalão na assembléia do Amapá...
(Randolfe Rodrigues) Agora eu tenho razão para representar contra o presidente do Conselho de Ética. Isso é calúnia).
(Repórter) Já o senador João Capiberibe, outro acusado, denunciou que há oito anos foi ameaçado fisicamente por João Alberto e disse que só isso já seria suficiente para que o presidente do Conselho de Ética se declarasse impedido de conduzir esse processo. Por sugestão da senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, o presidente da Casa, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, decidiu convocar o Conselho de Ética para debater e resolver o assunto.
LOC: JOÃO ALBERTO ACUSOU RANDOLFE E O COLEGA JOÃO CAPIBERIBE DE TEREM PARTICIPADO DE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO AMAPÁ. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Um processo arquivado em maio pela Procuradoria Geral da República por falsidade documental, mas que continua ativo no Conselho de Ética do Senado, gerou discussão nesta terça-feira em plenário. A denúncia feita pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Fran Júnior, é de que o governador do estado no final da década de 90, o atual senador João Capiberibe, do PSB, distribuía propina a deputados estaduais, entre eles o também hoje senador Randolfe Rodrigues, do Psol. Os dois acusados tentaram, sem sucesso, obter uma resposta sobre o processo no Senado. E Randolfe Rodrigues denunciou ameaças recebidas, segundo ele, por colegas da Casa:
(Randolfe Rodrigues) Não se pode utilizar aqui o espaço do ódio, da vendita privada, eu não vou mais tolerar que esse episódio seja tratado no conchavo e na troca de ofícios, serão tratados às claras. Eu não tenho o que temer, minha vida pública é aberta. Eu fui ameaçado por essa quadrilha na assembléia legislativa do Amapá, fio ameaçado pelo senhor Fran Júnior, fui ameaçado há 14 anos e não aceito ser ameaçado de novo.
(Repórter) O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto, do PMDB do Maranhão, respondeu. Primeiro, disse que deu à denúncia o mesmo tratamento dado a outros processos envolvendo senadores. Depois, afirmou que, para cessar a ação, o documento que traz suposta assinatura de Randolfe Rodrigues dando recibo a pagamentos do governo estadual precisa ser considerado falso pelo Senado:
(João Alberto) Este documento pode estar doendo, mas o que diz aqui só se provar que há falsidade, mas isto aqui está dizendo a verdade, o que está aqui, só se o documento é falso, senão realmente havia um mensalão na assembléia do Amapá...
(Randolfe Rodrigues) Agora eu tenho razão para representar contra o presidente do Conselho de Ética. Isso é calúnia).
(Repórter) Já o senador João Capiberibe, outro acusado, denunciou que há oito anos foi ameaçado fisicamente por João Alberto e disse que só isso já seria suficiente para que o presidente do Conselho de Ética se declarasse impedido de conduzir esse processo. Por sugestão da senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, o presidente da Casa, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, decidiu convocar o Conselho de Ética para debater e resolver o assunto.