Senadores divergem sobre corte no Orçamento — Rádio Senado

Senadores divergem sobre corte no Orçamento

LOC: OS SENADORES DIVERGEM SOBRE O ANÚNCIO DE NOVO CORTE NO ORÇAMENTO FEITO PELA EQUIPE ECONÔMICA. 

LOC: O GOVERNO REDUZIU AS DESPESAS EM DEZ BILHÕES DE REAIS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Em maio, a equipe econômica decidiu contingenciar, ou seja, não liberar R$ 28 bilhões no Orçamento Geral da União. Agora, no final de julho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um corte de R$ 10 bilhões. Desse total, 4,4 bilhões se referem às despesas com o chamado custeio, que incluem pagamento de luz e de aluguel de imóveis e automóveis. Os demais R$ 5,6 bilhões ainda não têm áreas definidas. Apesar de ter considerado pequeno, o vice-líder do PSDB, Cyro Miranda, de Goiás, avalia que o ajuste nas contas do governo foi necessário. Ao cobrar o detalhamento do corte, ele espera que a tesourada não atinja áreas importantes.  

(Cyro Miranda) É um corte tímido, mas é um corte. Agora precisa ver se vão acertar na área de que custeio ou se vão deixar os apaziguados sendo beneficiados e no fim cortar custeio das áreas que realmente precisam. Esse é o nosso medo que eles anunciam isso, mas não dizem como vão fazer. Acho que é um primeiro passo, é óbvio que tem que ser feito. Acho que temos que chegar a R$ 15 bilhões de cortes. Senão, não equilibramos. 

(Repórter) O líder do PT, senador Wellington Dias, do Piauí, rebateu as críticas da oposição ao destacar que o corte não vai atingir investimentos essenciais do governo. 

(Wellington Dias) É correto o corte, evitando cortar investimento. O que seria pior? Se gente tivesse neste instante demitindo servidor, encerrar serviços que o estado já presta, cortar investimentos na área de rodovias, hospitais, aeroportos, daquilo que o Brasil precisa. Esse discurso é típico de uma oposição que não está pensando racionalmente do que dentro da lógica brasileira. 

(Repórter) Segundo o governo, o corte não vai atingir os programas sociais. A redução das despesas foi necessária para que o País cumpra com o superávit primário, que é a poupança destinada ao pagamento dos juros da dívida. Hoje, a meta é de 2,3% do Produto Interno Bruto, estimada em cerca de R$ 111 bilhões.
23/07/2013, 07h41 - ATUALIZADO EM 23/07/2013, 07h41
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